Carrefour planeja abrir 20 lojas do Atacadão e até nove unidades do Sam’s Club em 2024

Empresa teve lucro líquido de R$ 330 milhões no segundo trimestre deste ano e reverteu prejuízo de R$ 249 milhões no mesmo período de 2023

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Foto do author Talita Nascimento
Atualização:

O Grupo Carrefour Brasil atualizou nesta segunda-feira, 22, suas projeções de abertura de lojas do Atacadão em 2024. A expectativa, que era de 10 a 12 novas lojas, passou para 20, todas conversões de lojas do varejo, sendo 12 hipermercados Carrefour e oito supermercados. Serão abertas ainda algo entre sete e nove lojas do Sam’s Club.

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A empresa também atualizou as projeções de captura de sinergias (valor adicional decorrente de fusão). O CEO da companhia, Stéphane Maquaire, chamou a atenção para a evolução das sinergias antes do esperado, na mensagem da administração da companhia em seu documento de demonstração de resultados. Em 2021, o Carrefour anunciou a compra do Grupo Big por R$ 7 bilhões e, no ano passado, terminou a conversão de 129 hipermercados Big em lojas com a bandeira Atacadão.

“Atingimos a marca de R$ 2,3 bilhões de sinergias anualizadas, ultrapassando nossa meta de R$ 2 bilhões em cerca de 17% e 18 meses antes do previsto. Estamos seguros de que ainda há mais por vir com as lojas maturando e as sinergias de receita começando a se materializar. Dessa forma, estamos aumentando nossa meta de ‘run-rate’ (taxa de execução) de sinergias para R$ 3 bilhões por ano ao final de 2025″, afirmou.

O diretor vice-presidente de finanças, Eric Alencar, disse que, embora na linha de receitas as sinergias estejam mais vagarosas do que o esperado, na parte de despesas tem sido possível caminhar de forma mais rápida, o que acelerou o processo de captura.

Grupo Carrefour deve abrir 12 novos supermercados Atacadão e oito hipermercados Foto: Eugenio Goulart / Divulgação

Lucro no segundo trimestre

O Carrefour teve lucro líquido de R$ 330 milhões no segundo trimestre de 2024 e reverteu prejuízo de R$ 249 milhões no mesmo período de 2023. No conceito ajustado, o lucro foi de R$ 151 milhões, com alta de 412,5%. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 1,609 bilhão, alta de 20,2%. Já a receita líquida foi de R$ 29,619 bilhões, com alta de 7,8%. A receita líquida das vendas das lojas, por sua vez, foi de R$ 28,047 bilhões, alta de 8,1%.

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As vendas consolidadas do grupo, que totalizaram R$ 30,5 bilhões no período, com crescimento de 4,9% ante o mesmo período de 2023, foram puxadas por vendas em mesmas lojas (conceito que considera apenas os estabelecimentos que estavam abertos um ano antes e seguiram abertos no trimestre) com alta de 7,4% no Atacadão, 2,5% no Sam’s Club e 2,3% no negócio de varejo (excluindo as vendas dos postos de gasolina).

No Atacadão, as antigas lojas do Grupo Big transformadas na bandeira de atacarejo da companhia, foram responsáveis por 11,5% das vendas do segmento e apresentaram crescimento em mesmas lojas de 21,4% no trimestre, o que, para a companhia, indica que esse conjunto de estabelecimentos está amadurecendo dentro do esperado. A bandeira teve seis novas lojas no trimestre e um fechamento.

Eric Alencar aponta que apesar de uma margem bruta com queda de 0,3 ponto porcentual, para 14,6%, o Atacadão entregou margem Ebitda ajustada de 6,1%, com 0,4 ponto porcentual a mais. Para ele, isso é fruto, entre outras coisas, de lojas convertidas mais maduras.

O varejo, por sua vez, teve queda nas vendas em mesmas lojas de 0,4% no segmento alimentar e desempenho positivo de 7,5% no não alimentar, desconsiderando a venda dos postos de gasolina. As vendas totais, porém, caíram 11,3% na comparação anual pela redução de 20% na área de vendas. Nos últimos nove meses, foram 11 lojas de varejo (8 hipermercados + 3 supermercados) transformadas em lojas Atacadão e Sam’s Club, além de 126 lojas (16 hipermercados + 110 supermercados) fechadas. O grupo ainda encerrou a parceria para operação de 15 supermercados Super Nosso em Minas Gerais no segundo trimestre de 2024.

No Banco Carrefour, o faturamento somou R$ 16,6 bilhões no trimestre, alta de 13% na comparação anual. Quanto à inadimplência, o índice de atrasos acima de 30 dias atingiu 14,8% no trimestre, com queda de 2,2 p.p. na comparação anual e -0,2 p.p. sobre o trimestre anterior. Os atrasos acima de 90 dias, por sua vez, tiveram redução de 1,7 p.p. na comparação anual e aumento de 0,1 p.p.frente ao trimestre anterior, alcançando 12,0% do total.

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