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Casino mira venda de US$ 500 milhões em ações do Assaí para sanear suas contas

Gigante francês do varejo vai ter de abrir mão de parte de sua ‘joia da coroa’ para sanear sua operação global; oferta deve ocorrer na Bolsa brasileira já em novembro

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Foto do author Talita Nascimento
Foto do author Cynthia Decloedt
Foto do author Fernanda Guimarães
Atualização:

O que antes era só comentário agora se confirmou: diante de uma piora em seus indicadores, o grupo francês Casino deverá mesmo abrir mão de parte de sua joia da coroa, o atacarejo Assaí. As informações sobre a operação começaram a circular na semana passada e foram confirmadas nesta quarta-feira, 26, pelo próprio Assaí, que desde o ano passado é uma operação separada do Grupo Pão de Açúcar (GPA).

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Desta forma, o Casino pretende vender o equivalente a cerca de US$ 500 milhões (mais de R$ 2,5 bilhões) em papéis do Assaí, em uma oferta subsequente marcada para novembro. O valor poderá até ser elevado, dependendo das condições do mercado. O atacarejo é considerado a cereja do bolo das operações da gigante francesa. Segundo fontes disseram ao Estadão, o Assaí se tornou tão poderoso que já rivaliza em termos de valor com a “empresa-mãe”.

Em comunicado nesta quarta-feira, 26, o Assaí disse apenas que se trata do início de “trabalhos preliminares para a potencial transação”, afirmando que ainda não há “decisão final sobre o tema”. Os bancos BTG Pactual, Itaú BBA e JP Morgan foram contratados para analisar os termos da operação.

Assaí tem hoje 239 lojas no Brasil atualmente, segundo a empresa Foto: Ari Ferreira / Estadão

O Casino tem 41% da rede de atacarejo, que é a operação que mais leva crescimento e geração de caixa para o grupo francês. A venda das ações é necessária porque o Casino precisa cumprir metas estabelecidas com seus credores lá fora – e estaria com dificuldades de cumprir os acordos já no curto prazo.

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“Em nossa opinião, o Assaí é a fonte de financiamento mais fácil e rápida para o Casino entre as três subsidiárias que cobrimos”, disseram, na semana passada, os analistas Joseph Giordano, Nicolas Larrain, Guilherme Adami Vilela, do JPMorgan, em relatório. O Casino deve vender outros ativos, entre eles o Grupo Éxito, na Colômbia. No entanto, seu valor é bem inferior do que o do Assaí, que poderia ser mais rapidamente vendido, pois há vários interessados em ter uma fatia dessa operação.

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