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‘Exposição nas redes sociais pode colaborar muito para o crescimento da empresa’, diz Carol Paiffer

Executiva usa as redes sociais para debater temas importantes, questionar o mercado e até se posicionar em temas sensíveis

Foto do author Wesley Gonsalves
Atualização:

Para muitos presidentes de empresas do mercado brasileiro, a presença nas redes sociais já é muito mais do que autopromoção e mexe diretamente com o ponteiro dos negócios. Em um momento em que todos podem ser influenciadores e influenciar nas redes, a CEO do grupo Atom Educacional, Carol Paiffer, se vê não só como uma executiva, mas uma influenciadora da sua própria companhia. “A exposição nas redes pode colaborar muito para o crescimento de uma empresa, porque todos nós somos influenciadores, todos nós somos educadores”, afirma.


Uma das poucas mulheres no comando de uma empresa listada na bolsa de valores, a B3, Paiffer usa não só sua cadeira como executiva, mas também seu engajamento nas redes sociais para debater temas importantes, questionar o mercado e até se posicionar em temas sensíveis. Recentemente, a executiva foi um dos nomes de peso que usou as redes para questionar as falas machistas do então CEO da G4 Educação, Tallis Gomes.

Carol Paiffer é uma das poucas CEOs mulheres de empresas listadas na Bolsa brasileira; nas redes, ela divulga sobre sua rotina e incentiva que mais mulheres entrem no mercado financeiro Foto: Thiago Duran/Divulgação Atom

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Em entrevista ao Estadão, Paiffer conta sobre sua rotina à frente da companhia, que passa desde as clássicas planilhas, incontáveis reuniões e também o tempo dedicado às redes sociais. Hoje, no Instagram ela tem mais de um milhão de seguidores, com quem compartilha sua rotina, divide suas ideias e também fala de empoderamento feminino através dos negócios. No Linkedin, outros mais de 31 mil membros acompanham as publicações da empresária. Para dar conta de ambas as tarefas, ela dispara: “Tudo é uma questão de agenda.”

A CEO acredita que sua presença virtual é capaz não só de criar conexão com as pessoas, mas também movimentar os negócios de uma companhia e ainda transformar a vida das pessoas que a seguem. “É muito importante, ainda mais uma empresa de educação como é o caso da Atom, que tem o Shark School, uma escola de educação que visa o empreendedorismo. Então, acho que é muito importante a gente ter essa visão cada vez maior de que as pessoas precisam ter conteúdos que sejam relevantes e que preciso estar sempre antenada com o que vem acontecendo nas empresas”, afirma.

Paiffer enfatiza que, mais do que estar nas redes, para dar certo, é preciso gostar de fazer esse papel de influenciador. “A exposição nas redes pode colaborar muito para o crescimento de uma empresa. Mas, primeiro, para que isso aconteça, ele precisa ser genuíno, você precisa gostar de se comunicar. No caso, eu me vejo muito como educadora, então, acaba que a comunicação faz parte do meu dia a dia”, destaca.

A empresária alerta que, para os novatos, é preciso saber em que terreno eles estão pisando, lembrando que o mundo digital pode tanto impulsionar negócios, quanto derrubá-los. “As redes podem impulsionar muito o seu negócio. Mas também podem acabar com ele. Como a gente viu recentemente essa polêmica”, afirma, referindo ao CEO da G4 Educação Tallis Gomes, que acabou deixando o cargo após o escândalo envolvendo suas falas de cunho machista nas redes sociais: “Deus me livre de mulher CEO”.

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