Nesse domingo, 13, faz um século que o hotel Copacabana Palace foi inaugurado na avenida Atlântica, no Rio. De lá para cá, a marca se consolidou como um dos ícones da cidade servindo de segunda casa para milhares de chefes de estado, celebridades e endinheirados de todo o mundo que, na hora de se hospedar, querem aproveitar tudo o que o luxo de um hotel desse porte pode oferecer.
Mas afinal quanto custa se hospedar em um símbolo do luxo como o “Copa”? A resposta depende de uma série de fatores, como data da hospedagem, número de hóspedes e período em que a reserva será feita.
Mas é possível dizer que se acomodar por uma única noite no hotel pode variar de R$ 2,9 mil a R$ 29 mil para quem quiser usufruir das acomodações mais nababescas do Copacabana Palace, conforme o site da rede de hotéis
Pela bagatela, o hóspede do Copacabana Palace pode desfrutar de uma suíte de 117 metros quadrados, com uma piscina semiprivada, localizada no sexto andar da edificação, com vista panorâmica para o mar carioca.
“Uma experiência de estadia VIP sob medida, adaptada às suas preferências”, descreve o site do hotel sobre a acomodação mais cara, cujo preço já inclui o café da manhã.
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Hóspedes famosos, de rainhas a estrelas de cinema
Não é de hoje que o número 1.702 da Avenida Atlântica é o endereço de celebridades de fama internacional.
Entre jantares exclusivos com menus assinados por chefes estrelados e regados a champagne Veuve Clicquot, o espaço recebeu integrantes da realeza, como a rainha Elizabeth e seu marido Philip, o duque de Edimburgo, da Princesa Diana e do então príncipe Charles (atual rei da Inglaterra), lendas do rock, como Janis Joplin, e estrelas do cinema, como Brigitte Bardot.
Em comemoração ao centenário, o Copacabana Palace reuniu nas redes sociais uma série de fotografias históricas de personagens da política, cinema, música entre outros.
Um hotel de bilhões
Uma das contribuições da família Guinle à cidade do Rio, o Belmond Copacabana Palace foi fundado em 13 de agosto de 1923. Ao longo dos anos, a edificação se tornaria um símbolo do luxo carioca, que atrairia endinheirados do mundo todo.
Adornados com lustres de de cristal com proporções monumentais e peças importadas de mármore, os corredores do hotel foram testemunha de inúmeras festas, encontros de estado e até crimes, como no caso do atentado ao presidente do Brasil, Washington Luís, baleado no hotel em 1928, pela sua amante, a socialite italiana Elvira Vishi Maurich.
Após o auge, o hotel enfrentou um período de decadência, sendo resgatado depois. Durante sua história, o hotel acabou mudando de dono algumas vezes.
Mais de 60 anos depois da inauguração, em 1989, a família fundadora vendeu o empreendimento para o grupo Orient-Express Hotels, mais tarde renomeado como Belmond Group. A companhia é especializada em hotéis de luxo, como o Cipriani, em Veneza (Itália), o Splendido, em Portofino, também na Itália, e o Maroma Resort & Spa, no México.
Em 2018, o Belmond Group entraria na mira da gigante do luxo LVMH, holding que opera marcas como Louis Vuitton, Dior, Tiffany&Co e pertence ao bilionário francês Bernard Arnault, eleito o homem mais rico do mundo pela revista Forbes, em 2023.
Na ocasião, o conglomerado de luxo fechou negócio e adquiriu o Copacabana Palace -entre outros hotéis- em uma negociação de US$ 3,2 bilhões, aproximadamente R$ 15 bilhões na cotação atual.
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