A presidente Dilma Rousseff afirmou hoje que o governo avalia a situação da saúde do País para, então, se preciso, abrir a discussão em torno da volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Acho que essa discussão está sendo feita de maneira errada. Para a gente saber se a CPMF é necessária, precisamos, primeiro, saber para quê", afirmou, no programa "Mais Você", exibido hoje na Rede Globo.
Segundo Dilma, "é possível resolver muita coisa com o dinheiro" disponível, mas depois dessa análise do setor é que a administração federal abrirá a discussão sobre a necessidade do tributo. Ela afirmou que a gestão diminuirá os gastos públicos, porém a redução não será aplicada à saúde. "O que queremos é que a saúde apresente uma grande melhora." Dilma disse ainda que o Poder Executivo faz uma auditoria na folha de pagamento dos funcionários públicos federais. "Não para tirar dinheiro de ninguém, mas para ver se tem gente recebendo a mais", declarou à apresentadora Ana Maria Braga.
A presidente defendeu ainda o mecanismo aprovado no Congresso Nacional de reajuste automático do salário mínimo, que até 2015 poderá ser feito por decreto, sem a necessidade da proposta passar pelo Legislativo. O aumento anual leva em consideração a inflação do ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, o que, de acordo com Dilma, garante um aumento do poder de compra do brasileiro. "Nosso objetivo é fazer com que a economia continue crescendo, mas sem que a inflação volte."
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