A fabricante de aviões Embraer fechou 2023 com um lucro líquido ajustado de R$ 333,2 milhões. O número representa um crescimento de 94,6% na comparação com os R$ 171 milhões registrados no ano anterior. A receita líquida total da companhia ficou em R$ 26,1 bilhões em 2023, um aumento de 11% em relação a 2022.
No ano passado, a companhia entregou 181 aviões, um aumento de 13% em relação ao ano anterior, quando foram entregues 160 unidades. Para este ano, no segmento de Aviação Comercial, a empresa prevê a entrega de 72 a 80 jatos. Já no segmento de Aviação Executiva, a previsão é de que as entregas fiquem entre 125 e 135 jatos.
De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, 18, a carteira de pedidos da companhia (backlog) atingiu US$ 18,7 bilhões ao final de 2023, maior número registrado nos últimos seis anos. A cifra cresceu em US$ 1,2 bilhão quando comparada a 2022.
Segundo a companhia, a Embraer Serviços & Suporte foi o destaque nesse item, com uma carteira de pedidos de US$ 3,1 bilhões, US$ 400 milhões a mais em relação ao ano anterior e o nível mais alto já registrado.
A Aviação Executiva, por sua vez, encerrou o ano com uma carteira de pedidos de US$ 4,3 bilhões, US$ 400 milhões a mais na comparação com o ano anterior.
Cadeia de produção
Desde a pandemia, o atraso no fornecimento de peças e partes tem afetado a capacidade de entrega de fabricantes de aeronaves mundialmente. A Embraer tem visto uma melhora na cadeia produtiva, mas a situação ainda não está normalizada, impactando negativamente a produção, segundo o CEO da fabricante, Francisco Gomes Neto.
“Temos percebido uma melhora e prevemos que continue assim, mas ainda vemos atrasos no início deste ano que afetam o fluxo de produção”, disse, durante teleconferência de resultados.
Apesar de afirmar que as entregas previstas para o ano podem ser maiores caso receba mais peças e partes, o executivo ponderou que a fabricante ainda tem sentido a falta de componentes importantes.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.