Executivos da Apollo e Adnoc vêm ao Brasil para reafirmar oferta de compra da Braskem

Fundo americano e estatal de petróleo de Abu Dhabi fazem proposta em torno de US$ 7,2 bilhões pela petroquímica

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Foto do author Cynthia Decloedt
Atualização:

Um time com executivos da Adnoc, estatal de petróleo de Abu Dhabi, e do fundo de private equity americano Apollo vieram ao Brasil para reafirmar a proposta feita pela petroquímica Braskem, que envolve cerca de US$ 7,2 bilhões.

No último dia 30, os executivos que estão à frente das negociações estiveram reunidos com a Petrobras e, no dia 31, com os bancos que são credores da Novonor. A Novonor, ex-Odebrecht, controla a Braskem, ao lado de Petrobras, outro sócio da petroquímica. A Novonor deu as ações da Braskem a um grupo de bancos - Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Santander e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - em garantia a empréstimos concedidos ao grupo.

Oferta pela Braskem gira em torno de R$ 36 bilhões Foto: Luke Sharrett/Bloomberg via Getty Images

A ideia da visita é um segundo passo em direção à aquisição, depois da entrega dos documentos com a proposta não vinculante, feita no início de maio. As diligências técnicas, com visita à Braskem, não foram feitas e não têm data marcada, de acordo com fontes. Representando a Apollo está Samuel Feinstein, um dos principais sócios da área de private equity do fundo.

Aval do governo

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A grande dúvida nesse negócio é saber como será recebida a oferta pela Braskem pelo novo governo, que vem se mostrando contrário à desestatização e ainda está definindo qual será o papel da Petrobras. A estatal tem direito de preferência na aquisição das ações remanescentes da Braskem, ao preço ofertado pela parte da Novonor, e eventualmente poderia adquirir a petroquímica.

A oferta de Apollo e Adnoc é de R$ 47 por ação, considerando a possibilidade de ficar com toda a companhia. A holding J&F, que controla a JBS e o banco Original, também informou que pretendia entrar na disputa. Outros nomes que olharam a petroquímica foram a Ultrapar e o BTG Pactual, que queria comprar a dívida

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