“O ano de 2025 será o primeiro ano em que finalmente começaremos a dar os primeiros passos mais significativos para ir além da América Latina”, afirmou o CEO e fundador do Nubank, David Vélez, em entrevista divulgada pela fintech. A estratégia é pensar um mundo, disse ele, onde o Nubank é uma empresa de tecnologia “multinacional, multicontinental e multirregional”.
Neste ano, o Nubank deve anunciar formalmente “certos passos” para sua internacionalização, afirmou Vélez. “Ainda não estamos prontos para fazer isso agora. Estamos criando as bases.” Até o final do ano, haverá uma estratégia mais pública sobre como a fintech pensa sua internacionalização. Atualmente, o Nubank opera no Brasil, México e Colômbia, e sempre é questionado sobre seus próximos passos no exterior, como ocorreu na teleconferência de resultados do quarto trimestre de 2024, na semana passada.

No mundo, o setor mais lucrativo é o financeiro, com ganhos na casa dos US$ 7 trilhões (R$ 40 trilhões pela cotação de hoje). Mas só 3% vêm de empresas que nasceram digitais, disse Vélez. A grande maioria pertence aos bancos tradicionais, que ainda usam agências.
“Algumas agências bancárias podem ser boas, e alguns gerentes podem ser úteis, mas muitas vezes você fica lá preso por horas tentando resolver algo”, disse Vélez. O executivo ressaltou que são mais de 120 tarifas cobradas por bancos no Brasil, que também existem em outros países, que vão desde uma taxa para receber mensagens em SMS no celular a uma tarifa para consultar o saldo em um caixa eletrônico. “É muita complexidade”, disse ele, ressaltando que não é uma particularidade do Brasil e México, países em que o banco digital opera, mas também de vários mercados pelo mundo.
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O Brasil e a América Latina foram os melhores lugares no mundo para iniciar, e provar que funciona o modelo de banco digital, disse Vélez. “Acreditamos que depois de 11 anos (de operação no Brasil), estamos provando isso. Estamos mostrando o crescimento, a lucratividade do modelo.”