O CEO da Azul, John Rodgerson, disse ao Estadão/Broadcast, na noite desta quarta-feira, 15, que a fusão com a Gol negociada com a Abra, dona da Gol e da Avianca, cria uma empresa mais forte e tem chance de ser concluída em 2025, mais para o final do ano.
“Uma empresa forte como a resultante dessa fusão, acho que qualquer governo deve ter orgulho de uma empresa assim”, disse o CEO da Azul, citando que a Alemanha tem orgulho da Lufthansa e o Chile, da Latam.
Para o executivo, o mercado de aviação brasileiro precisa se desenvolver mais, ainda tem custos altos. “Queremos uma empresa forte e a fusão cria essa empresa.”
A companhia resultante da combinação deve ser uma corporation, ou seja, sem controle definido, sem um dono. O conselho terá três membros da Abra, três da Azul e três independentes.
As empresas vão submeter agora a estratégia ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). E passos futuros vão depender da evolução no órgão. “Vamos seguir o calendário do Cade”, disse Rodgerson.
Marcas separadas
As companhias pretendem manter as marcas separadas. “São marcas muito fortes”, disse o executivo. A nova companhia vai seguir na bolsa, será listada no Novo Mercado e na Bolsa de Nova York.
Para o negócio avançar, o condicionante é que a Gol saia da recuperação judicial nos Estados Unidos, o Chapter 11. Nesta quarta-feira, 15, a companhia aérea anunciou que pretende sair em maio e está em negociação para levantar US$ 1,87 bilhão.
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O acordo entre as duas companhias, que dá um passo importante para a fusão, foi informado pelas companhias por meio de fato relevante. O comunicado diz que a Abra e a Azul assinaram, nesta quarta-feira, 15, um memorando de entendimentos (MoU) não vinculante com o objetivo de explorar uma combinação de negócios das duas companhias aéreas no Brasil.