Um dos cofundadores da Mobly e diretor financeiro da empresa, Marcelo Marques, afirma que a aquisição da Tok&Stok pela companhia está longe de ser um “abraço de afogados” de duas empresas com poucas perspectivas.
Na noite de quinta-feira, 8, a Mobly anunciou que assinou um acordo com acionistas controladores da Tok&Stok para ser controladora da empresa, criando assim um gigante no mercado de móveis e decoração, com receita anual estimada de R$ 1,6 bilhão.
A Tok&Stok tem um endividamento de R$ 450 milhões e entrou em recuperação extrajudicial com a concretização do negócio. Já a Mobly não tem endividamento, mas teve prejuízo de R$ 21 milhões no primeiro trimestre.
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“Existem algumas falácias neste argumento”, diz ele. “Nos últimos anos, fomos provocados por todos os bancos de investimento para uma fusão com a Tok&Stok porque todos viam sentido nisso.”
Além disso, afirma, os credores, que já haviam provisionado a dívida da Tok&Stok e poderiam vendê-la para fundos abutres, aceitaram estender prazos e aumentar carência.
Também há a sinergia identificada pela consultoria Bain&Co de até R$ 150 milhões por ano, em backoffice, junção de armazéns, verticalização de produção e importações.
“O grande ponto é: hoje eu viro, com as duas empresas juntas, o maior varejista de móveis do Brasil e da América Latina”, afirma o executivo.