Fusão não é abraço de afogados, mas criação de líder, diz diretor da Mobly sobre compra da Tok&Stok

Tok&Stok tem dívida de R$ 450 milhões e entrou em recuperação extrajudicial, enquanto a Mobly teve prejuízo de R$ 21 milhões no primeiro trimestre; fusão cria gigante no mercado de móveis

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Foto do author Cristiane Barbieri
Atualização:

Um dos cofundadores da Mobly e diretor financeiro da empresa, Marcelo Marques, afirma que a aquisição da Tok&Stok pela companhia está longe de ser um “abraço de afogados” de duas empresas com poucas perspectivas.

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Na noite de quinta-feira, 8, a Mobly anunciou que assinou um acordo com acionistas controladores da Tok&Stok para ser controladora da empresa, criando assim um gigante no mercado de móveis e decoração, com receita anual estimada de R$ 1,6 bilhão.

A Tok&Stok tem um endividamento de R$ 450 milhões e entrou em recuperação extrajudicial com a concretização do negócio. Já a Mobly não tem endividamento, mas teve prejuízo de R$ 21 milhões no primeiro trimestre.

Mobly diz que fusão com a Tok&Stock cria maior varejista de móveis do Brasil e da América Latina Foto: Werther Santana/Estadão

“Existem algumas falácias neste argumento”, diz ele. “Nos últimos anos, fomos provocados por todos os bancos de investimento para uma fusão com a Tok&Stok porque todos viam sentido nisso.”

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Além disso, afirma, os credores, que já haviam provisionado a dívida da Tok&Stok e poderiam vendê-la para fundos abutres, aceitaram estender prazos e aumentar carência.

Também há a sinergia identificada pela consultoria Bain&Co de até R$ 150 milhões por ano, em backoffice, junção de armazéns, verticalização de produção e importações.

“O grande ponto é: hoje eu viro, com as duas empresas juntas, o maior varejista de móveis do Brasil e da América Latina”, afirma o executivo.

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