A Gol informou que o Grupo Abra (holding formada pela empresa e pela colombiana Avianca, além de credor garantidor da companhia) está em discussões com a Azul para “explorar potenciais oportunidades relacionadas à companhia”. A aérea, no entanto, afirmou que um eventual acordo não seria vinculante para a empresa.
Segundo comunicado ao mercado emitido nesta terça-feira, 9, a Gol pretende conduzir um processo competitivo por meio do qual a empresa e seus assessores avaliarão propostas de financiamento de saída da recuperação judicial, assim como transações alternativas viáveis e competitivas, incluindo oportunidades apresentadas por potenciais fontes de capital próprio e de dívida.
A empresa esclareceu ainda que o processo competitivo mencionado ainda não foi iniciado.
As conversas sobre a fusão da Gol e da Azul surgiram pouco tempo depois de a Gol entrar em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, no final de janeiro. O negócio seria baseado em uma troca de ações com a Abra, controladora da Gol. Em março, a Azul contratou dois assessores financeiros, Guggenheim Securities, do banco de investimento da Guggenheim Partners, e o Citigroup, para tocar as negociações.
Em maio, as duas empresas anunciaram um acordo de cooperação comercial para conectar suas malhas aéreas no Brasil por meio de um “codeshare” (compartilhamento de voos). A parceria inclui as rotas domésticas exclusivas, ou seja, operadas por uma das duas empresas e não pela outra.
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