Grupo de fundador da Gol arremata concessão do Metrô de Belo Horizonte por R$ 25,75 mi

Comporte Participações, que deu lance único em leilão nesta quinta-feira, pertence ao empresário Nenê Constantino; serão necessários R$ 3,7 bilhões para modernizar e ampliar metrô mineiro

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Foto do author Altamiro Silva Junior

A Comporte Participações arrematou por R$ 25,755 milhões na tarde desta quinta-feira, 22, em leilão na B3, a concessão do Metrô de Belo Horizonte, atualmente controlado pela estatal federal CBTU. O valor mínimo da concessão era de R$ 19,324 milhões. Com uma única proposta, que representa um ágio de 33%, o leilão durou por mais de 10 minutos.

O leilão estava previsto para começar às 14h na sede da B3, em São Paulo, e começou com um atraso de 40 minutos. O governador reeleito de Minas, Romeu Zema, estava presente na B3, que incluiu também representantes do governo federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que estruturou a operação.

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A Comporte Participações é um dos maiores grupos de transporte de ônibus urbanos e rodoviários no Brasil, que pertence ao empresário Nenê Constantino, fundador da companhia aérea Gol.

Ao todo, serão precisos R$ 3,7 bilhões em investimentos para modernizar e ampliar o metrô mineiro. O consórcio vencedor se comprometeu a investir R$ 440 milhões, o estado de Minas Gerais vai entrar com mais R$ 460 milhões e o governo federal com R$ 2,8 bilhões.

Metrô de Belo Horizonte precisará de R$ 3,7 bilhões em obras de expansão e modernização Foto: Eugenio Moraes / Hoje em Dia / 15/3/2010

Pelo edital da concessão, a empresa vencedora vai operar o serviço por 30 anos e deverá modernizar e fazer mais uma estação na Linha 1 do metrô da capital mineira, além de construir a Linha 2, que terá uma extensão de 10,5 km e sete estações.

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Atualmente, o metrô de Belo Horizonte possui 28 km e 19 estações, que transportam diariamente cerca de 100 mil pessoas. Com a concessão, modernização e extensão das linhas, pode chegar a 270 mil passageiros por dia.

A concessão do metrô foi marcada na capital mineira por protestos dos metroviários e por uma disputa judicial. Os funcionários da CBTU entraram em greve na semana passada. Na Justiça, o PT entrou com ação para barrar o leilão, mas não conseguiu. A própria equipe de transição de governo federal pediu pela suspensão, mas o BNDES decidiu manter.

O prazo para entrega das propostas terminou na última segunda-feira (19) e as informações eram de que um único grupo entregou o envelope.

No evento, o diretor de privatização e concessão do BNDES, Fábio Abrahão, disse que o leilão de hoje encerra um ciclo, começado em 2019, e que contou com outras privatizações na B3, somando ao todo 40 leilões. “Estes leilões confirmam o compromisso de investimento no Brasil que superam R$ 270 bilhões.”

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