Companhias se unem para lançar iniciativa de preservação de florestas nativas do Brasil na COP-27

Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale vão investir R$ 120 milhões na criação da Biomas; iniciativa quer recuperar até 4 milhões de hectares de florestas brasileiras, o equivalente ao tamanho da Suíça

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Foto do author Wesley Gonsalves

Um grupo de companhias formado por Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale se uniu para criar uma empresa dedicada à restauração, conservação e preservação de florestas nativas brasileiras. A iniciativa foi anunciada neste sábado, 12, durante evento da Conferência do Clima, a COP-27, realizada no Egito.

Conforme divulgado pelo grupo, a empresa Biomas espera realizar o plantio de aproximadamente 2 bilhões de árvores nativas da flora local ao longo dos próximos 20 anos. Nesse período, a expectativa é de reflorestar até 4 milhões de hectares de florestas de diferentes biomas brasileiros, como Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. A título de comparação, a meta proposta pelo grupo é de preservar um espaço equivalente a todo o território da Suíça ou ao estado do Rio de Janeiro.

Com a Biomas, grupo espera tirar aproximadamente 900 milhões de toneladas de carbono da atmosfera do planeta, e proteger até 4 mil espécies da fauna e flora local. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Para custear a iniciativa, a aliança de empresas lançada na COP-27 realizou um aporte inicial de R$ 120 milhões, sendo R$ 20 milhões investidos por cada companhia sócia. “O objetivo da Biomas é promover um modelo de negócio sustentável também do ponto de vista financeiro, viabilizando cada projeto de restauração, conservação e preservação a partir da comercialização de créditos de carbono”, informaram, em nota, as empresas

Com a criação da empresa Biomas, o grupo espera tirar aproximadamente 900 milhões de toneladas de carbono da atmosfera do planeta, e proteger até 4 mil espécies da fauna e flora local.

Ainda segundo divulgado, a primeira fase do projeto fará a identificação de áreas, fomento a viveiros para produção em escala de árvores nativas, contato com comunidades locais, discussão sobre aplicação do projeto em áreas públicas, parceria com plataformas de certificação de créditos de carbono e a implementação de projetos-pilotos.

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No entanto, a meta de 4 milhões de hectares só deve ser atingida a partir de 2025, quando o projeto começará a ganhar escala dentro da empresa.

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