Marca sueca H&M define local de primeira loja no Brasil; saiba onde vai ficar

Rede de moda chega ao Brasil no ano que vem, após experiências positivas em outros países da América Latina

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Foto do author Wesley Gonsalves
Atualização:

A marca sueca de fast fashion H&M definiu onde vai ficar sua primeira loja no Brasil. A unidade deve ser inaugurada no segundo semestre do ano que vem no shopping Iguatemi São Paulo, na avenida Brigadeiro Faria Lima, um dos pontos mais caros da capital paulista.

De acordo com informações da rede de shopping centers, a marca global de moda ocupará um espaço de 1,3 mil metros quadrados no empreendimento. “Uma das marcas de moda mais famosas do mundo, fundada em 1947, o Grupo H&M opera atualmente cerca de 4.400 pontos de venda em 78 mercados em todo o mundo. A marca abriu a primeira loja na América Latina em 2012, no México”, disse em nota o Iguatemi. A informação foi antecipada pelo Brazil Journal.

Marca de moda deve chegar ao Brasil em 2025 Foto: Ingvar Bjork

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A confirmação de endereço dá os primeiros sinais de como deve ser o posicionamento de marca do grupo sueco no País, uma vez que estará ao lado de nomes do mercado de luxo, como Chanel, Prada, Balenciaga e outras grifes com unidades no shopping.

O vice-presidente comercial da Iguatemi S.A., Ciro Neto, conta que a companhia recebeu com entusiasmo a decisão da marca de estrear sua presença nacional nos estabelecimentos da empresa. O executivo atribuiu a escolha ao projeto de curadoria do grupo em relação aos nomes do setor de moda, que segundo ele, se consolidou como porta de entrada para os negócios no País. “Temos orgulho de ter sido escolhidos pela H&M, uma das marcas de moda mais famosas do mundo, com cerca de 4,4 mil pontos de venda em 78 mercados globais, para iniciar suas operações no país”, diz, em nota, o representante da rede de shoppings.

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“Essa iniciativa reflete o contínuo investimento na evolução dos ativos e na excelência da experiência proporcionada. Estamos entusiasmados com essa parceria, que reforça o papel da Companhia como um dos principais players do setor”, complementou.

Para a coordenadora da área de publicidade e especialista em luxo da ESPM, Katherine Sresnewsky, a marca sueca chega ao Brasil depois de conhecer melhor o mercado da América Latina, onde atua em países como Chile e Peru no varejo físico, virtual e também na produção de parte dos itens comercializados na região.

Na avaliação da especialista, esse conhecimento sobre a região deve ser um diferencial de negócio para a H&M na comparação com outras companhias, como Topshop e Forever 21, que vieram ao Brasil mas acabaram fechando as portas. “A entrada deles na América Latina antes de chegar no Brasil os deixa mais robustos. Eles já têm uma vantagem competitiva em relação aos players anteriores, porque eles sabem as causas de os outros não terem dado certo”, diz.

Katherine diz ainda que a escolha do endereço deve dar o tom da operação brasileira, já que a companhia escolheu um ponto de contato com os consumidores da marca que viajam ao exterior e já conhecem os produtos e a qualidade da companhia. “Dentro do Iguatemi essa dissonância é menor e o negócio tem mais chance de ter bom desempenho”, diz.

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Fachada de um loja da H&M em Kuala lumpur, na Malásia; No Brasil, primeiro endereço da rede será no shopping Iguatemi São Paulo, na avenida Brigadeiro Faria Lima Foto: THAM KEE CHUAN

Desafios ‘tropicais’

Em comunicado recente, a empresa descreveu que o Brasil tem “uma forte valorização da moda” e há um “grande potencial de expansão no mercado”. Com isso, a chegada ao País marca uma nova fase nos planos de expansão internacional da sueca. “Estamos entusiasmados em anunciar que estamos abrindo nossa primeira loja (física) e online no Brasil em 2025. Tivemos um bom desenvolvimento na América Latina e vemos um grande potencial no Brasil”, disse Helena Helmersson, CEO do H&M Group, em nota divulgada pela marca.

Mas, ao desembarcar em solo brasileiro, a marca de moda terá de lidar com alguns desafios bastante localizados, segundo a especialista de luxo da ESPM. Ela lembra que o desempenho positivo por aqui dependerá também se a companhia conseguirá entender o “corpo da brasileira”, vender uma proposta de valor e de conscientização que a diferencie das fast fashions asiáticas e também vencer a barreira aspiracional, com público que está além da avenida Brigadeiro Faria Lima e tem vontade de conhecer o negócio, mas não se sente à vontade de frequentar um shopping conhecido pelo seu aspecto luxuoso. “Hoje, a vantagem competitiva da H&M em comparação aos ultra fast fashions é a qualidade”, diz.

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