Itaú BBA não descarta aquisições, diz executivo

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Por ALINE BRONZATI E ALTAMIRO SILVA JÚNIOR

O sócio do Itaú BBA Candido Bracher disse nesta terça-feira (25) que o banco segue crescendo de maneira orgânica, mas não descarta aquisições. "Um banco de investimento precisa ter muito cuidado ao fazer uma aquisição, pois ao entrar em um país, torna-se vulnerável às fontes concentradas de captação", explicou, ressaltando que o Itaú BBA não é contrário a aquisições. "Se tivermos boas oportunidades, vamos avaliar", acrescentou, em conversa com jornalistas, após participar de encontro do Itaú Unibanco com analistas e investidores. De acordo com Bracher, do ano passado para cá, o banco já contratou em torno de 40 pessoas. Questionado sobre o "namoro" do Itaú BBA com o México, o sócio do banco disse que o ingresso naquele país está sendo avaliado, uma vez que o spread (custo que o banco paga para captar e o quanto cobra para emprestar) é baixo e o mercado é muito competitivo.Ele também disse que o aumento das emissões de instrumentos de renda fixa no exterior não está sendo suficiente para compensar o fraco volume de ofertas de ações no mercado brasileiro em termos de receita. O ideal seria, conforme ele, que os dois segmentos estivessem crescendo.O baixo apetite das empresas em captar recursos via bolsa tem impactado de maneira negativa o resultado dos bancos de investimento no Brasil. Neste ano, apenas três empresas abriram capital, além da Taesa, que fez um re-IPO, conforme a companhia, já que suas ações já eram listadas em bolsa. Bracher admitiu que o Itaú BBA está sentindo falta de um mercado de renda variável mais ativo.Em um cenário de juros baixos, a tendência, na opinião do executivo, é de que o volume de ofertas de ações aumente, com investidores buscando mais a renda variável em troca de uma rentabilidade maior. "Mas isso não aconteceu. Estamos vendo sinais de recuperação da economia e da bolsa brasileira. É possível que tenhamos mais ofertas e uma abertura da janela neste ano, mas não dá para prever", disse.

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