Itaú quer acelerar adesão a superapp e migrar 5 milhões de clientes para serviço ainda neste ano

Meta é levar 15 milhões de pessoas para nova versão de aplicativo até 2025; migração de clientes de cartões do banco já atingiu 98%

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Foto do author Matheus Piovesana

O Itaú Unibanco espera levar 15 milhões de clientes para o superapp, a nova versão de seu aplicativo principal, até 2025. A meta inicial para este ano é migrar 2,5 milhões deles, mas o banco já vê espaço para possivelmente acelerar o passo.

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“Sentimos que dá para dobrar, chegar a 5 milhões de clientes”, disse o presidente do banco, Milton Maluhy, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira, 7, para comentar os resultados do banco no segundo trimestre. O Itaú teve lucro líquido de R$ 10 bilhões no período, um crescimento de 15,2% em um ano.

O superapp é um dos primeiros frutos do One Itaú, projeto que quer unificar a forma como as diferentes áreas do banco veem o cliente. Nesse caso, o Itaú abrirá o aplicativo principal para clientes que têm produtos da casa, mas não a conta corrente. O objetivo é fazer com que ampliem o relacionamento com o conglomerado.

Itaú aposta em superapp para unificar a forma como as diferentes áreas do banco veem o cliente Foto: Werther Santana/Estadão

Segundo Maluhy, o foco no momento está menos nas potenciais reduções de custo e mais na satisfação dos clientes. “A eficiência vem naturalmente”, afirmou o executivo.

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Ele disse que a taxa de migração de clientes dos aplicativos de um único produto para o superapp tem sido quase total. “Em clientes de cartões, nós observamos 98% de migração”, afirmou o executivo.

Segundo ele, a mudança é feita cuidadosamente, para evitar que os clientes percam funções que tinham nos aplicativos de um único produto. Essas plataformas tinham funções avançadas, segundo ele, justamente por serem dedicadas a um produto só.

Maluhy afirmou que, até aqui, o Itaú tem conseguido dar o “melhor dos dois mundos” aos clientes, mantendo as funções que eles tinham e trazendo novos produtos e serviços aos quais eles não tinham acesso anteriormente.

Oferta digital

O presidente do Itaú afirmou ainda que o banco espera voltar a ganhar tração no crédito consignado para beneficiários do INSS. Segundo ele, a oferta através dos canais digitais e uma migração da produção para canais próprios devem permitir essa retomada.

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Segundo Maluhy, no banco, essa carteira também foi impactada pela redução do teto de juros, defendida pelo Ministério da Previdência e implementada pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). O conselho argumenta que a queda da Selic permite a redução, mas os bancos afirmam que a alta dos juros futuros tem encarecido a captação e reduzido as margens do produto.

“O teto (a redução) acabou afetando o mercado”, disse. Maluhy afirmou que parte dos beneficiários do INSS acabou perdendo acesso às linhas de crédito, diante da inviabilidade econômica da oferta com o teto atual.

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