A Itaúsa, holding que é a maior acionista do Itaú Unibanco, informou hoje, 7, a venda de 12 milhões de ações classe A de emissão da XP, correspondentes a 2,27% do capital da corretora (desconsideradas as ações em tesouraria), pelo valor aproximado de R$ 1,1 bilhão. Assim, a Itaúsa passou a deter 23.470.985 de ações da XP, equivalentes a 4,44% do capital da XP e 1,53% de seu capital votante.
“A alienação decorre da decisão estratégica da companhia de reduzir sua participação na XP, conforme divulgado anteriormente, por não se tratar de ativo estratégico, sendo que os recursos serão destinados ao reforço de caixa e à ampliação do nível de liquidez da holding”, afirma a Itaúsa, em fato relevante.
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A nota também diz que a transação terá impacto positivo nos resultados da Itaúsa no segundo trimestre de 2023 em aproximadamente R$ 400 milhões, líquidos de impostos. Só em 2023, as ações da XP subiram 26,14% e, em um mês, 29,78%.
Aos investidores, a ação da empresa, listada na Nasdaq, foi oferecida na faixa entre US$ 19 e US$ 19,34, fechando ao final em US$ 19,10, desconto de 1,2% em relação ao fechamento de ontem. A holding embolsou com a transação cerca de US$ 229 milhões, ou R$ 1,1 bilhão. Foi a sexta venda organizada da Itaúsa, sendo que a última ocorreu em novembro do ano passado, também organizada pelo BofA.Procurados, Itaúsa, XP e BofA não comentaram.
Em novembro do ano passado, a empresa já tinha feito movimento parecido, aproveitando um bom momento dos papéis. Na ocasião, foram vendidas 15,5 milhões de ações, ou 2,79% do capital da XP. Do total vendido na operação, 5,5 milhões de ações foram compradas pela própria XP. A operação foi coordenada pelo Bofa.
A participação da Itaúsa na XP advém de uma participação inicial do Itaú Unibanco, que comprou em 2017 uma fatia de 49,9% da plataforma, com o objetivo de aquisição do controle - plano que foi barrado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Em 2020, depois de a XP abrir seu capital na Nasdaq, porém, o Itaú tornou público seu plano de se desfazer de sua participação. O desenho elaborado para a transação foi de distribuir as ações detidas na XP a seus acionistas. Com isso, a Itaúsa ficou com cerca de 39% das ações ordinárias do banco e vem se desfazendo aos poucos desses papéis.
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