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Leilão de petróleo do Pré-Sal arrecada R$ 17 bi; fatia de chinesas supera a da Petrobras

Dos 37,5 milhões de barris à venda em 4 lotes, estatal brasileira arrematou 14,5 milhões em 2 lotes, enquanto os restantes, somando 23 milhões, foram para a chinesa CNOCC e a Petrochina

Atualização:

O quarto leilão promovido pela estatal Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) para venda de óleo superou os esperados R$ 15 bilhões e arrecadou R$ 17 bilhões com a venda de 37,5 milhões de barris referentes à participação da União nos campos de Mero e Búzios, na Bacia de Santos, divididos em quatro lotes. A Petrobras arrematou os lotes 1 e 4, ficando com 14,5 milhões de barris de petróleo. A Chinesa CNOCC levou o lote 2, com 12 milhões de barris; enquanto a Petrochina, o lote 3, com 11 milhões de barris.

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Foi o primeiro leilão da PPSA no ano organizado pela B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Além das vencedoras, participaram a Refinaria Mataripe, Galp, Prio, Shell e TotalEnergies. Dos quatro lotes, três foram definidos em disputa a viva-voz, e em todos a Petrobras participou da disputa.

No leilão, a referência mínima da primeira etapa para os lotes de Mero foi igual ao valor do Brent do dia com desconto abaixo de US$ 4,40, enquanto o limite mínimo da primeira etapa do lote de Búzios era igual ao valor do Brent datado, menos US$ 4,25.

O leilão colocou à venda barris referentes à participação da União nos campos de Mero e Búzios, na Bacia de Santos Foto: Fabio Motta/Estadão

A Petrobras arrematou o lote 1 com desconto de US$ 1,85 em relação ao Brent, para cada um dos 12 milhões de barris de petróleo estimados, e o lote 4 também com desconto de US$ 1,85. A chinesa CNOOC arrematou o lote 2 com desconto de US$ 1,59 . A Petrochina arrematou o lote 3 com desconto de US$ 1,35.

O montante de óleo estimado para o certame é o maior já licitado e equivale a uma entrega de aproximadamente 66 cargas de 500 mil barris em 2025, que estarão disponíveis nos navios-plataformas (FPSOs, da sigla em inglês) Guanabara, Sepetiba, Duque de Caxias e Pioneiro de Libra, em Mero, e nas plataformas P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso, em Búzios.

Esses volumes são estimativas da futura parcela de petróleo da União nesses campos, que contemplam incertezas inerentes ao processo de produção. Ao arrematar um lote, o comprador terá à disposição toda a carga nomeada em 2025, que pode ser maior ou menor do que o volume estipulado no edital.

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