Lucro do Bradesco sobe 18% em um ano e atinge R$ 3,4 bi no 1º trimestre

Carteira de crédito do banco fechou março em R$ 432 bilhões, alta de 10,4% em um ano 

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Por Aline Bronzati (Broadcast) e da Agência Estado

SÃO PAULO - O Bradesco abriu nesta quinta-feira, 24, a temporada de balanços dos grandes bancos ao anunciar lucro líquido de R$ 3,443 bilhões no primeiro trimestre de 2014, montante 18% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 2,919 bilhões. Em relação ao quarto trimestre de 2013, foi identificado aumento de 11,8%.

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O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio do banco (ROAE) alcançou 20,5% ao final de março ante 19,5% registrado um ano antes, com alta de 1 ponto porcentual. Na comparação com dezembro, foi registrada elevação de 2,5 ponto porcentual.

A carteira de crédito expandida do Bradesco, que inclui avais e fianças, fechou março último em R$ 432 bilhões, alta de 10,4% em um ano e de 1,2% na comparação com o quarto trimestre de 2013. Nos três primeiros meses deste ano, o destaque foi o crescimento das operações de pessoas físicas, que somaram R$ 133 bilhões. A cifra é 1,5% superior ante o trimestre anterior. Em um ano, o avanço foi de 11,5%. A carteira de pessoa jurídica do Bradesco teve alta de 9,9% e 1,1%, respectivamente, alcançando R$ 300 bilhões, na mesma base de comparação.

Os ativos totais do Bradesco foram a R$ 922 bilhões ao final de março, incremento de 3,1% em um ano e de 1,6% em relação ao quarto trimestre de 2013. O banco apresentou patrimônio líquido de R$ 73 bilhões ao término dos três primeiros meses deste ano, cifra 5,6% maior que a vista em 12 meses. Já na comparação com dezembro, foi registrada elevação de 3,4%

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Lucro ajustado. O Bradesco também informou o lucro líquido ajustado de R$ 3,473 bilhões no primeiro trimestre de 2014, alta de 18% em relação ao resultado apresentado em igual intervalo de 2013, de R$ 3 bilhões. Ante o trimestre anterior, o aumento foi de 8,6%. A diferença em relação ao ganho contábil se deve a eventos extraordinários como provisões cíveis, compensadas, em parte, por efeitos fiscais.

Crédito. A carteira de crédito pessoa física do Bradesco no primeiro trimestre deste ano seguiu sendo impulsionada pelo crescimento da oferta de recursos para a compra de imóveis e na linha de consignado (com desconto em folha). Em contrapartida, os empréstimos destinados a aquisição de automóveis permaneceram em queda.

O banco registrou crescimento de 6,8% no financiamento imobiliário a pessoa física no primeiro trimestre ante o imediatamente anterior, para R$ 14,5 bilhões. Ante o mesmo período do ano passado o aumento foi ainda maior, de 36,5%. No consignado foi visto aumento de 4,9% e 25,2% respectivamente, para R$ 28 bilhões.

Na outra ponta, o crédito a veículos teve retração de 4,5% ao final de março ante dezembro, para R$ 26 bilhões. Em um ano a queda foi de 13,6%.

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Entre os destaques de crescimento da carteira do Bradesco, a despeito da influência sazonal do último trimestre do ano, o segmento de cartão de crédito respondeu por R$ 23 bilhões nos três primeiros meses de 2014, alta de 14,9% em um ano e recuo de 2,6% em relação ao quarto trimestre do ano passado.

As operações de pessoas físicas somaram R$ 132,5 bilhões no primeiro trimestre, cifra 1,5% superior ante o trimestre anterior. Em um ano o avanço foi de 11,5%.

No segmento de pessoa jurídica, a carteira de financiamento imobiliário também foi destaque ao crescer 31,7% no primeiro trimestre ante o último de 2013, para R$ 21 bilhões. Em 12 meses o aumento foi de 57,1%.

Crédito rural também foi destaque no primeiro trimestre ao avançar 15,1% no trimestre e 25,0% na comparação anual, para R$ 6 bilhões. Em contrapartida, capital de giro recuou 5% e 3,8%, respectivamente, para R$ 43 bilhões. Os repasses do BNDES/Finame subiram 0,1% e 6,7%, alcançando R$ 33,7 bilhões. A linha de operações no exterior recuou 0,7% no trimestre e aumentou 29,5% ante um ano, para R$ 31,8 bilhões.

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A carteira de pessoa jurídica do Bradesco teve alta de 9,9% no primeiro trimestre deste ano ante 12 meses e 1,1% em relação aos três meses imediatamente anteriores, alcançando R$ 299,6 bilhões.

Inadimplência. O índice de inadimplência, considerando os atrasos acima de 90 dias, permaneceu em trajetória de queda durante os três primeiros meses deste ano ao registrar recuo de 0,1 ponto porcentual em março ante dezembro, para 3,4%. Em 12 meses, a redução dos calotes chegou a 0,6 ponto porcentual.

O declínio, em linha com as perspectivas de analistas do mercado e com a orientação de executivos do banco, é o quinto trimestral consecutivo no indicador de inadimplência do Bradesco. "Essa redução foi influenciada, principalmente, pela mudança do mix da carteira, com destaque para o crescimento dos produtos crédito pessoal consignado (com desconto em folha) e financiamento imobiliário", explica o Bradesco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

Nas grandes empresas, a inadimplência também melhorou, passando de 0,6% no quarto trimestre do ano passado para 0,4% nos três meses imediatamente posteriores. Em 12 meses, porém, foi visto aumento de 0,1 p.p.

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