Mantega admite que meta fiscal de 2010 não foi cumprida

Ministro reconheceu que será necessário lançar mão de abatimentos para fechar o ano com o cumprimento da meta de superávit primário de 3,1% do PIB

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Foto do author Célia Froufe

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu nesta sexta-feira, 28, que será necessário lançar mão de abatimentos para fechar o ano com o cumprimento da meta de superávit primário do setor público consolidado, de 3,1% do PIB. "A meta para 2010 para o governo central está cumprida, de 2,15% do PIB. Cumprimos a meta cheia. Em relação a Estados e municípios, talvez não dê para cumprir totalmente", reconheceu.

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Diante do resultado aquém do esperado, Mantega admitiu que será necessário usar abatimentos em infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para fechar o ano. "Então, vai faltar alguma coisa para completar os 3,1% do PIB e isso se dará por uma parte do PAC. Isso será conhecido na segunda-feira", disse Mantega.

Déficit nominal

O ministro anunciou que o setor público consolidado deve fechar o ano de 2010 com déficit nominal entre 2,4% e 2,7% do PIB. Se confirmado, o valor será menor que o registrado em 2009, quando o déficit nominal somou valor de 3,34% do PIB. "Portanto, menor que o ano passado", disse Mantega, em entrevista concedida na portaria do Ministério da Fazenda.

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Mantega também anunciou que a dívida líquida do setor público também diminuiu em 2010. Em 2009, o indicador fechou em 42,5% do PIB. Em 2010, o ministro da Fazenda prevê que o dado feche em torno de 41% do PIB.

Os dados foram usados pelo ministro para rebater relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) que aponta para a deterioração da situação fiscal do Brasil.

(Texto atualizado às 12h11)

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