Marisa: Credores pedem falência por dívida de R$ 882,7 mil

Empresa tenta renegociar dívida de R$ 600 milhões com bancos desde o começo do ano

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Lucas Agrela
Atualização:

Credores da Marisa entraram na Justiça pedindo a falência da empresa devido a dívidas que somam R$ 882.797.84. Os débitos são com a MGM Comércio de Acessórios de Moda, no valor de R$ 363.562,44, com a Plasútil Indústria e Comércios de Plásticos, de R$ 173.501,42, e com a Oneflip Indústria e Calçados, de R$ 345.733,98.

PUBLICIDADE

A Marisa será intimada a responder em dez dias e poderá depositar integralmente os valores devidos para evitar a falência. Outra opção seria pedir recuperação judicial nesse período. Segundo fontes ouvidas pelo Estadão, os pedidos foram feitos para pressionar a varejista a quitar os débitos, mas a renegociação da dívida de cerca de R$ 600 milhões com os bancos está em estágio avançado.

Na visão de Renato Leopoldo e Silva, do escritório DSA Advogados, os valores pedidos pelos credores na Justiça são baixos e não devem oferecer risco real de falência. “Os dois pedidos de falência já foram recebidos pela juíza da 3ª Vara de Falências de Recuperações Judiciais da Capital e determinada a citação da Marisa”, diz Leopoldo e Silva.

Marisa: varejista renegocia dívidas com credores desde o começo do ano Foto: Wether Santana/Estadão

Procurada, a Marisa não se pronunciou sobre os pedidos de falência. Em fatos relevantes publicados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou estar “tomando providências para sanar a situação”.

O reestruturador de empresas João Pinheiro Nogueira Batista, que assumiu o comando das Lojas Marisa há pouco mais de um mês, disse em entrevista ao Estadão/Broadcast que a concorrência com as varejistas internacionais, como a Shein, prejudicou a companhia.

Publicidade

“Se a economia estivesse melhor e sem esse contrabando todo, talvez eu não tivesse de fechar 90 lojas”, disse. As lojas da varejista empregam, em média, cerca de 20 pessoas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.