Os benefícios fiscais do governo de Minas Gerais é a principal explicação para a migração de empresas para o Estado. Unindo a isenção com a proximidade a São Paulo, municípios do sul de Minas viraram destinos atrativos para investimentos. O gerente de leasing industrial da Cushman & Wakefield no Brasil, Eric Ammirati, explica que, para empresas que trabalham com importação, há benefícios adicionais.
Isso já tem levado companhias instaladas na região de Campinas (SP), por exemplo, a fazer as malas rumo a Minas. “Tivemos um cliente que fez a mudança e conseguiu uma economia de R$ 100 milhões, mesmo com um aluguel mais caro”, conta o especialista.
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O Estado possui uma das menores alíquotas de ICMS do País para o setor de comércio eletrônico, variando de 1% a 3%. Por isso, Minas viu crescer o número de companhias do setor instaladas na região. Só em Extrema, principal polo, estão concentradas 25% das companhias de e-commerce com atuação no Brasil. Segundo fontes ouvidas pelo Estadão, o benefício têm tamanha importância que pode gerar uma economia anual de até R$ 100 milhões por ano para grandes player do e-commerce esportivo.
Demanda recorde
Nunca houve tantos projetos e entregas previstas para galpões logísticos no Brasil, mostram os dados da JLL. A projeção para 2022 é da entrega 2,4 milhões de metros quadrados em galpões logísticos e industriais no País, sendo 17,6% desse total em Minas Gerais. O Mercado Livre é hoje quem mais ocupa espaço em Minas, seguido de Via Varejo (dona das Casas Bahia) e Lojas Americanas.
Em Minas Gerais, a taxa de áreas desocupadas neste ano deverá atingir a mínima histórica, mesmo com o novo estoque recorde na região. A chamada taxa de vacância em 2022 deverá ficar em 0,81%, ante 28,18% em 2016.
Na avaliação de Ricardo Taborda, o sócio da 7D – empresa especializada em soluções para logística – o principal ponto de tensão na expansão desses municípios como polo logístico é a garantia de mão de obra qualificada, ou pelo menos, passível de treinamento.
Ele pontua que diferentemente de Extrema, os municípios que também margeiam a rodovia Fernão Dias, talvez não tenham um contingente populacional suficiente para atender à demanda. “Ter quem trabalhe nas empresas é algo crucial”, avalia.
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