A Natura informou que a venda da marca de produtos de beleza The Body Shop ao grupo internacional de investimentos Aurelius foi concluída. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destacou que a transação contribuirá para otimizar suas operações e simplificar seus negócios.
Além disso, o negócio posiciona a companhia para focar em prioridades estratégicas, especialmente a integração da Natura e Avon na América Latina, o modelo de venda direta e a otimização adicional da presença internacional da Avon.
Quando foi anunciado, em novembro, o negócio foi avaliado em £ 207 milhões (R$ 1,25 bilhão), valor que será pago em até cinco anos. A Aurelius, com sede na Alemanha, é dona da rede de farmácias Lloyds, no Reino Unido.
A rede The Body Shop foi comprada pela Natura em 2017, em um acordo de € 1 bilhão (algo como R$ 3,6 bilhões na época). A empresa já era dona, na épóca, da rede australiana Aesop, comprada em 2012 por cerca de US$ 70 milhões (R$ 341 milhões).
Os planos eram montar uma grande operação internacional. A experiência, porém, não foi positiva. Neste ano, a Natura se desfez da Aesop, vendida para a L’Óreal por US$ 2,5 bilhões (R$ 12 bilhões) e da rede The Body Shop.
Em teleconferência, em novembro, os executivos da Natura&Co deram detalhes sobre o processo de reestruturação das operações da companhia. “Continuamos na jornada de simplificação”, disse o CEO, Fábio Barbosa, durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre.
“A venda da The Body Shop está de acordo com nossas estratégias. Esse é um passo importante da dinamização do nosso negócio”, acrescentou.
Segundo ele, a venda da Aesop acabou sendo decisiva para a Natura apresentar um lucro líquido consolidado de R$ 7,024 bilhões no terceiro trimestre, revertendo um cenário de prejuízo líquido do mesmo período de 2022. “A venda da Aesop nos ajuda a retornar para a posição de caixa líquido”, comentou.
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