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Nubank adota criptomoeda própria como programa de fidelidade

A empresa dará a Nucoin para clientes a partir de março; veja como vai funcionar

Foto do author Lucas Agrela
Atualização:

O Nubank adota a partir de março a criptomoeda chamada Nucoin como programa de fidelidade para seus 70 milhões de clientes. Será possível tanto acumular unidades da criptomoeda para subir de nível no programa de benefícios, como também (futuramente) vendê-las para outros usuários do banco digital.

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A Nucoin foi desenvolvida pela empresa com base em sugestões de clientes e em parceria com a Polygon Labs, equipe de desenvolvimento de softwares e dados da plataforma de blockchain Polygon. A criptomoeda do Nubank estará, portanto, vinculada à segurança e à descentralização oferecida pela rede Ethereum.

“O Nucoin é uma revolução co-criada por nossos clientes em conjunto com parceiros que fortalecem o ecossistema e para que seja útil dentro e fora do Nubank. Seguiremos aprimorando o Nucoin à medida que o mercado e a tecnologia blockchain expandam seu alcance”, diz, em nota, Fernando Czapski, gerente geral do Nucoin.

Nubank terá programa de fidelidade com criptomoeda própria a partir de março Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 8/6/2021

Os clientes atuais receberão Nucoins em reconhecimento ao relacionamento com o Nubank. Novas unidades da criptomoeda poderão ser obtidos por meio de sorteios, cashback (dinheiro de volta) em compras feitas com cartões de débito ou crédito, na negociação de outras criptomoedas no aplicativo do banco, e como forma de compensação por ser um usuário que faz ativamente sugestões sobre o futuro da Nucoin. O Nubank vai liberar a Nucoin gradualmente a todos os seus clientes.

Ao Estadão, a empresa informou que o cashback de 1% nas compras oferecido aos clientes do cartão de crédito Ultravioleta segue “inalterado” e que os clientes Ultra Violeta poderão unir os benefícios dos dois programas com a chegada do nucoin.

Criptomoedas de empresas

No ano em que o Bitcoin teve queda de mais de 60%, tanto Nubank quanto Mercado Livre anunciaram que teriam programas de fidelidade com criptomoedas próprias. As empresas foram as primeiras entre as grandes de seus respectivos setores a anunciarem essas iniciativas voltadas à fidelização de clientes.

Para o especialista em tecnologia e inovação Arthur Igreja, a missão de manter o valor de uma criptomoeda não é simples e também estará sujeita à demanda dos consumidores.

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“O sucesso da criptomoeda depende do que está atrelado, se é uma estratégia de tokenização ou se é uma moeda de fato. Então, varia sobre qual é o benefício, se tem um extra com isso, bem como do número de moedas que são emitidas e se elas têm um senso de escassez, se são mineradas ou não. Isso tudo do ponto de vista técnico. Mas, em última instância, uma empresa não tem o poder de regular o preço de uma criptomoeda, pois quem regula isso é o mercado, ou seja, o público”, diz.

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