O Nubank anunciou nesta sexta-feira, 21, mudanças na estrutura da alta administração. Na principal delas, o CEO e cofundador da fintech, David Vélez, retomará o comando direto da liderança. Segundo a empresa, o movimento simplifica as operações globais e dos mercados.
O movimento ocorre um mês depois da maior queda do banco desde a sua estreia em Bolsa, após divulgar o balanço do quarto trimestre de 2024. Pesou, para o tombo em 21 de fevereiro, a avaliação do mercado de desaceleração das margens da fintech, uma sinalização de menor crescimento em linhas de crédito mais arriscadas.

Cinco executivos responderão a Vélez de forma direta, de acordo com o comunicado: Youssef Lahrech, presidente e diretor de Operações; Lívia Chanes, CEO para o Brasil; Vitor Olivier, diretor de Tecnologia; Cristina Junqueira, cofundadora e diretora de Crescimento; e Guilherme Lago, diretor financeiro.
Lahrech continuará tendo sob sua alçada alguns diretores, como Henrique Fragelli, que responde pela área de Risco; Suzana Kubric, diretora de Pessoas; e o diretor Jurídico, cargo que está vago desde fevereiro, e que deve ser preenchido em breve.
Além disso, o atual diretor de Produtos, Jag Duggal, deixará a posição executiva em abril, e se tornará assessor externo do Nubank. O cargo não será preenchido e as posições serão redistribuídas.
Segundo a fintech, Lahrech ficará com a liderança das estruturas globais de produtos e corporativas. Estarão sob sua alçada todas as unidades de negócio com foco em funcionalidades, serviços e recursos multi-geográficos para empréstimos e serviços financeiros.
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Já Chanes assumirá as unidades de negócio focadas em operações específicas do Brasil, como as áreas de Investimentos, Marketplace (shopping virtual) e Seguros. O objetivo será desenvolver soluções específicas para os clientes locais.
Além das mudanças anunciadas nesta sexta-feira, a área de Relações com Investidores passará por uma transição nos próximos meses. O atual diretor de RI do Nubank, Jorg Friedemann, deixará a empresa nos próximos meses, e a fintech deve buscar um substituto no mercado.