PUBLICIDADE

Publicidade

Petz e Cobasi finalizam acordo definitivo de fusão após mais de três anos de negociações

Operação ainda depende da aprovação dos acionistas das duas empresas e do Cade; empresa combinada terá uma receita líquida de R$ 6,9 bilhões e cerca de 494 lojas

A Petz informou nesta sexta-feira, 16, que firmou um acordo de associação com a Cobasi para combinação dos seus negócios. Segundo a empresa, a fusão visa melhorar a experiência do cliente, integrando práticas das duas empresas, que terão uma receita líquida combinada de R$ 6,9 bilhões, além de oferecer mais de 20 marcas próprias em diversas categorias como higiene, alimentação e lifestyle animal.

PUBLICIDADE

A previsão é de sinergias (ganhos de eficiência) anuais esperadas de R$ 230 milhões a R$ 330 milhões de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) incremental. A nova empresa será listada no Novo Mercado e estima ainda que, diante do ganho de escala, terá cerca de 11% de market share do mercado de pets no Brasil. Juntas, as empresas estarão em mais de 140 cidades, com cerca de 494 lojas.

A empresa cita ainda alavancas que podem gerar resultados incrementais, como a avaliação de novos formatos de lojas, melhores práticas de personalização e marketing digital, melhores práticas de produtividade em centros de distribuição para otimização da malha logística, além de revisão do ecossistema de saúde e serviços.

Em decorrência da operação, Petz se tornará uma subsidiária integral da Cobasi Foto: Werther Santana/ Estadão - 19/12/2018

Em abril, as empresas já haviam assinado um memorando de entendimentos não vinculante (MOU) para a possível combinação de negócios. As conversas para a fusão aconteciam havia mais de três anos e aceleraram no início deste ano, quando se chegou a um acordo sobre relação de troca e governança da empresa combinada.

Em decorrência da operação, Petz se tornará uma subsidiária integral da Cobasi. Os acionistas da Petz receberão 52,6% das ações da nova empresa. Os acionistas da Cobasi, por sua vez, irão deter as ações restantes da companhia combinada, correspondendo a 47,4% do capital social. Assim, no momento do fechamento, para cada ação ordinária da Petz, acionistas terão direito a 0,0090445 ação ordinária emitida pela Cobasi, conforme estabelecido na relação de troca.

Os acionistas da Petz receberão ainda uma parcela em dinheiro de R$ 400 milhões, sendo R$ 130 milhões em dividendos a serem distribuídos antes da conclusão da operação de fusão, sem que isso afete a parcela em dinheiro ou a relação de troca estabelecida.

No valor a ser recebido, cerca de R$ 270 milhões, ajustados pela taxa CDI desde a data do acordo de associação até a data de fechamento da operação, serão pagos aos acionistas da Petz. Este montante será distribuído proporcionalmente à participação de cada acionista no capital social da Petz na data de fechamento. O pagamento será realizado em até 15 dias úteis após a data de fechamento, em uma única parcela, através do resgate das ações preferenciais da NewCo.

Publicidade

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petz destaca que a assinatura do acordo foi baseada em certas premissas, dentre as quais de que a realização da operação, em especial a incorporação de ações, não constitui fato gerador de Imposto de Renda sobre ganho de capital.

A operação ainda depende da aprovação dos acionistas das duas empresas, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e de outras condições habituais.

Governança

Um acordo de acionistas será assinado entre Sergio Zimerman, fundador da Petz, e a família Nassar, da Cobasi, com validade de oito anos. O voto dos signatários do acordo de acionistas será em bloco.

A empresa combinada terá Paulo Nassar como CEO e Sergio Zimerman será o presidente do conselho de administração. O colegiado será inicialmente formado por nove membros: quatro indicados por Sergio Zimerman, sendo dois independentes; e cinco indicados pela Família Nassar e Kinea, sendo dois independentes. Serão formados ainda comitês financeiro, de auditoria, de estratégia, recursos humanos e sustentabilidade.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.