Prefeitura de SP aprova 16 projetos de retrofit em programa de incentivos fiscais

Doze empreendimentos foram destinados à moradia e quatro para uso comercial, incluindo hospedagem

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Foto do author Circe Bonatelli

A Secretaria de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo aprovou 16 projetos de retrofit dentro do Programa Requalifica Centro, que foi instituído pela Lei 17.577, de 2021. A iniciativa concede incentivos fiscais para a atração de investimentos em retrofit e o aumento na oferta de moradia na região central da capital paulista.

Entre os projetos aprovados, há empreendimentos na Vila Buarque, República, Campos Elísios, Santa Ifigênia e Anhangabaú. Desse total, 12 empreendimentos foram destinados ao uso residencial, totalizando 1.564 apartamentos, e 4 empreendimentos para uso comercial, considerando hospedagem e escritórios.

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Em troca, houve renúncia de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) de R$ 3,5 milhões, e de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de R$ 234 mil. A renúncia fiscal referente ao Imposto sobre Serviços (ISS) está em processo de análise.

Esse volume de isenções pode ser considerado moderado frente aos investimentos atraídos para a zona central, na visão do secretário-adjunto da pasta, José Armênio Cruz. “É mais importante ocupar onde já tem infraestrutura do que levar infraestrutura para outros locais”, disse, em evento recente que discutiu retrofits.

Edifício Margarida Polak Lara na Rua Major Sertório, no centro de Sçao Paulo, cujo projeto foi aprovado no Programa Requalifica Centro Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Edifício Virgínia na Rua Martins Fontes, no centro de São Paulo, aprovado no Programa Requalifica Centro Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Para o fundador da Ilion Partners, Maxime Barkatzm, a subvenção gera um incentivo a mais para o setor privado investir na região. “É bom e ajuda a fechar a conta, pois queremos ter um produto imobiliário competitivo, capaz de oferecer um preço final de venda ou aluguel que caiba no bolso”, comenta.

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O grande motivador dos investimentos, porém, é a segurança jurídica, na sua avaliação. Barkatzm diz que o novo código de obras passou a ter definições claras para os projetos de retrofit, dando mais previsibilidade para a formulação e aprovação de projetos. “O grande trunfo é, com certeza, a previsibilidade da lei”.

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