QI Tech passa a valer US$ 1 bi e se torna 26º ‘unicórnio’ brasileiro

O fundador e CEO da companhia, Pedro Mac Dowell, diz que atingir o status de unicórnio é um reflexo do trabalho árduo e colaboração de toda a equipe.

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Foto do author Lucas Agrela
Atualização:

A startup de soluções financeiras QI Tech recebeu uma extensão do aporte de R$ 1 bilhão recebido em outubro do ano passado, o que levou o negócio ao status de “unicórnio”, como são chamadas as empresas que valem mais de US$ 1 bilhão. A QI Tech tornou-se a 26ª startup brasileira (veja lista) a alcançar esse nível de valor de mercado. É a segunda vez em dois anos que uma empresa nacional chega a tal valor, devido à seca do capital de risco mundialmente, puxada pela alta de juros nos Estados Unidos.

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O novo aporte recebido pela startup é de US$ 50 milhões (R$ 260 milhões) e foi liderado pelos mesmo investidores da última rodada, General Atlantic e Across Capital. A nova captação acontece depois de a QI Tech ter comprado, por valor não revelado, a plataforma de investimentos Singulare. A operação adicionou cerca de R$ 100 bilhões de ativos sob gestão ao negócio.

A startup opera oferecendo serviços de bancarização para diferentes segmentos. Ela fornece a tecnologia do aplicativo Vivo Money, por exemplo, uma carteira digital da operadora de telefonia móvel que utiliza a infraestrutura tecnológica da QI Tech para oferecer recarga de créditos de celular, cashback (dinheiro de volta em compras), pagar boletos e fazer transferência via Pix. Demais soluções vendidas incluem proteções antifraude e crédito. A empresa tem clientes como 99, QuintoAndar e Shopee.

Pedro Mac Dowell, Marcelo Bentivoglio e Marcelo Buosi fundaram a QI Tech em 2018 Foto: Mayara Araujo/QI Tech/Divulgação

Símbolo de uma mudança no perfil buscado por investidores de capital de risco, a empresa não integra o grupo de startups que buscam lucratividade a longo prazo. A QI Tech foi uma das primeiras startups a conseguir rating nacional A+ da agência de classificação de risco Fitch e opera como sociedade direta de crédito, além de ter licença de distribuição de ativos mobiliários. A startup diz ser lucrativa desde o primeiro ano de operação.

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Outro negócio que atingiu o patamar de valor de US$ 1 bilhão no último ano foi a Pismo, comprada pela Visa. No entanto, a aquisição foi integral, diferentemente do que acontece com os unicórnios, que vendem parcelas do negócio aos investidores a cada aporte. Em 2022, apenas duas startups do Brasil passaram a valer US$ 1 bilhão, a Dock (de tecnologia para serviços financeiros) e a Neon (instituição financeira de pagamentos).

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