Recuperação judicial da Light é a 8ª maior da história; veja ranking

Apesar de R$ 11 bi em dívidas, caso da holding de energia ainda está atrás de recuperações judiciais de Odebrecht, Oi e Samarco, entre outras

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Foto do author Lucas Agrela

A recuperação judicial da Light S/A, se aprovada pela Justiça, será a oitava maior da história no País. O valor da dívida da holding que controla a concessionária Light é de R$ 11 bilhões, o que coloca o caso logo atrás da recuperação judicial da OGX, de R$ 12,3 bilhões, sem correção monetária a valor presente.

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A Light S/A argumenta que a incapacidade de pagar as contas está ligada a um problema de segurança pública no Rio de Janeiro, e não diretamente à incapacidade de renegociar dívidas.

“Esse é um pedido de recuperação bem atípico porque aponta o Estado como o problema. Dizem que, no Rio, já há muitos casos de roubo de cabos e de energia”, afirma Marcello Marin, da Spot Finanças.

Fontes ouvidas pelo Estadão disseram que o caso da Light pode contar com auxílio do governo para garantir a iluminação no Estado do Rio, mas que a tendência de empresas enfrentando problemas em manter as contas em dia vai continuar neste ano.

“Ter mais uma recuperação judicial grande é mais um alerta de que temos um problema na economia”, diz Renato Leopoldo e Silva, especialista em contencioso empresarial na DSA Advogados.

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Light declarou inadimplência devido a furtos de cabos e energia no Estado do Rio de Janeiro Foto: Wilton Junior/Estadão

Em termos de valores, a maior recuperação judicial do País é a da Odebrecht, que iniciou o processo com dívidas de R$ 80 bilhões. A segunda maior é da Oi, recentemente finalizada, de R$ 65 bilhões. A terceira é a da Samarco, de R$ 55 bilhões.

Em 2023, Americanas e Oi deram início a processos de cifras bilionários no País.

Confira, a seguir, os dez maiores pedidos de recuperação judicial do País, em valor de dívida.

  • Odebrecht: R$ 80 bilhões
  • Oi: R$ 65 bilhões (encerrada em 2022)
  • Samarco: R$ 55 bilhões
  • Oi: R$ 43,7 bilhões (2º pedido)
  • Americanas: R$ 43 bilhões
  • Sete Brasil: R$ 19 bilhões
  • OGX: R$ 12,3 bilhões
  • OAS: R$ 11 bilhões
  • Grupo João Santos: R$ 11 bilhões
  • Light: R$ 11 bilhões
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