Sucessão na Vale: quem são os executivos cotados para ocupar o cargo de CEO da empresa

Companhia terá novo presidente a partir de 2025; executivos já começaram a ser sondados para participar do processo de seleção

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Por Redação

O processo de escolha do novo presidente da mineradora Vale já foi iniciado. Executivos já começaram a ser sondados por consultorias de headhunting, segundo apurou o Estadão. A partir de 1º de janeiro de 2025, a companhia terá um novo CEO, que sucederá Eduardo Bartolomeo - cujo contrato, que se encerraria em 31 de maio, foi prorrogado até o fim deste ano. A definição e contratação do novo CEO estão previstas para acontecer até o final de novembro.

A partir de 1º de janeiro de 2025, Vale terá um novo CEO, que sucederá Eduardo Bartolomeu  Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

Neste momento, um comitê do conselho de administração da Vale precisa definir a empresa de recrutamento que será responsável por indicar os potenciais presidentes. O prazo para essa etapa é até 30 de junho, conforme cronograma da companhia. Dos candidatos pré-selecionados será tirada uma lista tríplice que será entregue aos 13 conselheiros de administração da Vale.

Veja abaixo quem são os principais executivos apontados com perfil de assumir a presidência da Vale e que estão na mira das consultorias.

Ruben Fernandes

Executivo do alto escalão do grupo da mineradora Anglo American, baseado em Londres, e que já teve passagem pela Vale entre 1999 e 2011. Atualmente é CEO de Metais Básicos da Anglo American. Entre 2011 e 2012, foi diretor de Mineração da Votorantim Metais no Brasil. Entre suas diversas atuações na Vale, Rubens foi diretor de operações da Vale Fertilizantes e presidente da Pará Pigmentos e Cadam, duas subsidiárias da minerador, além de ter ocupado diferentes posições nos negócios de Metais Básicos da Vale.

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Gustavo Werneck

Presidente e CEO da metalúrgica Gerdau, onde trabalha desde 2004. É CEO da metalúrgica desde 2018 e membro do Conselho de Administração da Gerdau e da Metalúrgica Gerdau, e Presidente do Conselho de Administração da Seiva S.A. – Florestas e Indústrias (companhia que faz parte do grupo econômico da Gerdau). Também é conselheiro do Instituto Aço Brasil e do Juntos Somos Mais.

Ricardo Lima

Presidente da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), maior produtora de nióbio do mundo, controlada pela família Moreira Sales. Antes, Lima foi vice-presidente da companhia, entre 2018 e 2022. Ele também teve uma longa atuação na InterCement, uma das maiores empresas cimenteiras do Brasil e do mundo. Lá, foi vice-presidente de operações e CEO em São Paulo e Lisboa.

Flávio Aidar

Foi CEO da cimenteira InterCement por quatro anos até abril de 2023. Foi também do conselho da Mover Participações (ex-Camargo Corrêa) e teve atuação em corporações financeiras internacionais, como Goldman Sachs, onde foi Diretor Executivo, e Citi, onde foi vice-presidente. Aidar ainda foi membro e presidente do conselho da Loma Negra, uma fabricante argentina e principal produtora do país de cimento, concreto e cal.

João Schmidt

Presidente do grupo Votorantim há quatro anos e desde 2014 no conglomerado da família Ermírio de Moraes. Ele é Presidente do Conselho de Administração do Banco BV e membro dos conselhos da Auren Energia, Nexa Resources, CCR e 23S Capital. Schmidt ainda foi diretor executivo na divisão de banco de investimento do Goldman Sachs.

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Wilfred Bruijn

O holandês é ex-CEO da Anglo American no Brasil e da Mineração Usiminas. Ele foi também presidente do conselho diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e membro do conselho de administração da MRS Logística por quase dez anos. O executivo teve uma passagem pela Vale entre 2006 e 2009, ocupando os cargos de diretor de integração e de implementação de projeto. Bruijn iniciou sua trajetória no setor em 1992, nas Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), onde foi CFO e CEO.

Luís Henrique Guimarães

Ex-CEO da Cosan, é atualmente conselheiro da mesma empresa, além da Moove, Compass e Vale. Antes da Cosan, foi CEO da Raízen e da Comgás. Também ocupou diversos cargos na Shell.

Paulo Caffarelli

Fez carreira no Banco do Brasil, onde foi CEO, e nos últimos tempos vem atuando no setor privado. Foi CEO da Cielo e é atualmente CEO do banco BBC, ligado à holding Simpar, dona da JSL e Movida. Teve passagem pela Companhia Siderúrgica Nacional, como diretor.

Ivan Monteiro

Atualmente CEO da Eletrobras, também foi CEO da Petrobras e executivo no Banco do Brasil, ocupando os cargos de presidente do conselho de supervisão do Banco do Brasil AG (subsidiária do BB na Áustria) e vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores, entre muitos outros cargos nos seus mais de 30 anos de empresa. Além disso, atuou como membro do Conselho de Administração em diversas empresas como: IRB, Gaspetro, Grupo Ultra, BB Seguridade, Banco Votorantim, CPFL Energia, Neoenergia, Cielo e Previ.

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Walter Schalka

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Presidente da Suzano, fabricante de celulose e papel, posição que deixará no início de julho. Schalka disse recentemente, em relação à cotação de seu nome ao cargo, que tem “outros objetivos neste momento”. Ele foi também CEO da Votorantim Cimentos.

Marcos Lutz

Atual presidente e conselheiro da Ultrapar. Foi também CEO da Cosan por mais de 10 anos. Lutz, que é bem avaliado e bem-visto até dentro do governo, está, desde 2021, quando deixou a Cosan, envolvido com a reorganização dos negócios do grupo Ultrapar, de quem se tornou também acionista. O Estadão apurou que ele já foi efetivamente convidado a participar do processo, mas declinou.

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