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Shopping do BB: banco permite compras em 40 lojas sem sair do aplicativo

Reforço em ferramenta lançada em 2021 está disponível em São Paulo e Distrito Federal; novidade chegará ao restante do País até julho

Foto do author Matheus Piovesana
Atualização:

O shopping virtual do Banco do Brasil, o Shopping BB, começa a permitir que os clientes façam compras sem sair do aplicativo do banco, no que o setor de tecnologia chama de “jornada ponta a ponta” (end to end). O reforço da ferramenta começa com 40 lojas, como Casas Bahia, Nespresso, Philips, Walita e Nivea, para os clientes do Estado de São Paulo e do Distrito Federal, e chegará ao restante do País até julho.

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Em 2023, o banco movimentou R$ 1,2 bilhão em vendas brutas no Shopping BB, volume 20% maior que o de 2022. No primeiro trimestre, foram R$ 292 milhões - número que o banco espera ampliar rapidamente com as compras integradas.

O negócio é parte do esforço do BB para se posicionar em produtos e serviços não bancários, num contexto em que além dos bancos digitais, os nomes tradicionais do setor enfrentam varejistas e plataformas de entrega na disputa pelos bolsos dos clientes.

Permitir compras de terceiros dentro do aplicativo permite a captura e geração de dados Foto: Fernando Bizerra/Agencia Senado

O Shopping foi criado em 2021, com lojistas cadastrados e oferecendo vantagens como o dinheiro de volta (cashback). No entanto, o cliente tinha de sair do aplicativo do banco para completar a compra. Trazer o processo para dentro é uma forma de aumentar a conversão de vendas, e também de fazer com que o cliente passe mais tempo na plataforma.

“Buscamos a principalidade do cliente, sermos o principal ambiente com que ele se relaciona no dia a dia e, por isso, o não financeiro também é importante”, diz o diretor de Negócios Digitais do BB, Rodrigo Vasconcelos, ao Estadão/Broadcast. Desde a criação, o Shopping atendeu a 5 milhões de clientes, e o BB vê potencial de multiplicar a base de usuários (de número não informado) por dez.

Nas compras feitas totalmente no aplicativo do banco, o cliente não precisa digitar os dados de pagamento, por exemplo. Além dos cartões Ourocard, é possível pagar com métodos como o Pix parcelado. Em breve, o banco também permitirá o uso de pontos da Livelo, programa de fidelidade que controla em conjunto com o Bradesco, nas transações.

Estratégia

O Shopping BB é um canal de venda de crédito, mas há outras formas de geração de receita. Uma das principais é a cobrança de comissões sobre cada venda realizada. Os canais digitais do BB têm 29 milhões de clientes, sendo que 23 milhões usam o aplicativo do banco, e 19 milhões usam o WhatsApp. Utilizar essa audiência como vitrine ajuda a instituição, inclusive nas áreas que atendem às empresas de grande e médio portes.

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“Quando nos relacionamos com uma pessoa jurídica e trazemos o Shopping BB na oferta, rentabilizamos a cadeia de valor e geramos mais receitas para ela”, afirma Vasconcelos. “Com isso, a gestão de caixa vem para o BB, a folha de pagamento vem para o BB”, complementa ele, dizendo ainda, sem mencionar nomes, que algumas vendas integradas foram feitas neste ano.

Para o varejo do banco, o Shopping ajuda a saber mais sobre os clientes, o que dá um empurrão nas ofertas de crédito e serviços. Há alguns anos, as bases do BB são unificadas, o que significa que cada uma das áreas do banco acessa e alimenta um mesmo cadastro de cada cliente e conhece toda a “vida” dele no conglomerado. Permitir as compras no aplicativo abre mais uma frente de geração de dados.

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