A Vale informou nesta segunda-feira, 2, que foram cumpridas as condições precedentes e assim foi formalizada a aquisição de 15% de participação societária na Anglo American Minério de Ferro Brasil, empresa que detém o complexo Minas-Rio (Minas-Rio). A transação tinha sido anunciada em fevereiro.
Segundo comunicado da Vale, com o fechamento da operação, a Anglo American passará a deter os ativos de Serra da Serpentina, anteriormente pertencentes à Vale, no Brasil. Além disso, a Vale pagou ao grupo Anglo American a quantia de US$ 30 milhões (R$ 181,7 milhões, ao câmbio desta segunda-feira, 2).
A Anglo American continuará a controlar, gerenciar e operar o Minas-Rio, incluindo qualquer futura expansão, informou a companhia no comunicado.
Em maio, reportagem do Estadão com analistas e especialistas do mercado antecipou que a surpreendente oferta de US$ 39 bilhões da mineradora BHP pela rival Anglo American, feita na ocasião, poderia ser o prenúncio de uma onda de fusões e aquisições no setor de mineração.
Como pano de fundo, a reportagem à época explicou, está o domínio dos metais e minerais estratégicos para uso na transição energética e o avanço da indústria de mobilidade elétrica. Estão elencados como potenciais alvos ativos de cobre, níquel, lítio, alumínio, manganês, nióbio, terras raras, grafite e ferro, entre outros.
‘Prioridades estratégicas’
A Vale reiterou que a potencial participação da companhia em operações de aquisição, desinvestimento, joint venture ou outras oportunidades de negócios são avaliadas “à luz de suas prioridades estratégicas”.
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A afirmação surge para esclarecer questionamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a notícia de que uma ala do governo estaria pressionando o conselho de administração da empresa para comprar a mineradora Bamin.
A Vale ainda reitera que, no momento, não há qualquer informação relevante a divulgar ao mercado como resultado dessa prospecção. /Com Júlia Pestana
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