De olho no crescimento da demanda mundial por alimentos, a Vale quer impulsionar a sua produção de minerais utilizados na indústria de fertilizantes, como fosfato e potássio, e vem pesquisando novas áreas de produção. De acordo com o presidente da Vale, Roger Agnelli, no próximo dia 19 a empresa lança no Peru, com a presença do presidente Alan Garcia, o projeto de fosfato de Bayóvar, situado no departamento de Piura. "Tem um 'business' novo que nós estaremos criando nos próximos anos muito importante para a Vale", explicou o executivo sobre o setor de fertilizantes. A mina peruana, cuja concessão foi adquirida pela Vale em leilão em 2005, vai produzir 3,9 milhões de toneladas anuais de fosfato, com previsão de entrar em operação no primeiro semestre de 2010. Os investimentos são estimados em 479 milhões de dólares. Também a busca por gás natural na costa brasileira, segundo Agnelli, visa suprir esse mercado, além de garantir energia para as operações da companhia. "Já estamos furando na busca de gás, que é bom também para produzir fertilizantes", afirmou o executivo. Segundo ele, até mesmo o interesse demonstrado na compra da Caraíba e Cibrafértil, do grupo Paranapanema, tem como pano de fundo o crescente interesse do mundo por fertilizantes para sustentar o crescimento da agricultura. A Vale já produz potássio em Sergipe e está finalizando pesquisas de potássio na Argentina, na região de Neuquém, onde deverá produzir 1 milhão de toneladas anuais. A empresa pesquisa também fosfato em Moçambique e Angola, informou Agnelli. (Reportagem de Denise Luna)
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