A Vibra Energia, maior distribuidora de combustíveis do País, comunicou nesta quinta-feira, 5, que obteve um progresso favorável definitivo no processo judicial em que discute os créditos de PIS/Cofins e sua manutenção mesmo após a revogação pela Lei Complementar 194. A empresa calcula, “em sua melhor estimativa”, que o valor total desse ativo, atualizado, seja de, aproximadamente, R$ 4 bilhões, segundo o comunicado.
De acordo com comunicado da empresa, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) rejeitou recursos da União a tribunais superiores, e houve o trânsito em julgado da matéria (ou seja, sem espaço para contestação). A companhia buscará agora a emissão de certidão para futuras compensações administrativas.
As ações da Vibra disparam 3,71% nos instantes finais do pregão desta quinta-feira, 5, após os negócios com o papel serem suspensos por conta do fato relevante em que a empresa comunicou o “progresso favorável definitivo” no processo judicial em que discute os créditos de PIS/Cofins. O valor da ação da Vibra (VBBR3) no fechamento ficou em R$ 26,50, em alta de 1,57%.
O Ibovespa fechou o dia em alta de 0,29%, aos 136.502,49 pontos.
Leia também
O Citi considera que a vitória da Vibra em processo sobre créditos tributários federais (PIS/Cofins) pode ser um gatilho positivo para a ação, embora esse reconhecimento já era esperado.
Os analistas Gabriel Barra e Pedro Gama ressaltam que a empresa só poderá usar 1/60 dos créditos, estimados em R$ 4 bilhões, a cada mês após a dedução do Imposto de Renda de 34%, e o saldo será atualizado pela taxa Selic. Assim, o valor presente líquido (VPL) esperado pelo banco é de cerca de R$ 2,5 bilhões.
“Levando em conta a atual política de dividendos (payout de 40%), vemos os créditos extraordinários como positivos para o pagamento de dividendos, já que aumentarão o resultado final de 2024″, escrevem.
O Citi tem recomendação de compra para as ações da Vibra Energia, com preço-alvo de R$ 31, o que significa um potencial de alta de 17% sobre o fechamento desta quinta-feira, 5.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.