A Visa confirmou nesta quarta-feira, 28, a compra da startup brasileira de serviços bancários Pismo, por US$ 1 bilhão (o equivalente a R$ 4,8 bilhões) em dinheiro, em transação que lhe dá uma posição importante no Pix. A empresa venceu a disputa pelo ativo travada com a rival Mastercard, que também tentou comprar a startup que processa pagamentos e serviços na nuvem para grandes bancos.
A Pismo opera na América Latina, Europa e região da Ásia-Pacífico. A Visa afirma que, com a compra, estará posicionada para oferecer produtos de processamento bancário e emissão para cartões de débito, pré-pago, crédito e empresariais por meio de interfaces abertas, as chamadas APIs. Além disso, a bandeira deve dar suporte a trilhas de pagamento como o Pix.
Leia mais sobre economia
A entrada no Pix é importante diante do fato de que as bandeiras não estão presentes no sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central da forma como estão nos cartões. Neles, elas são as instituidoras do arranjo, que é o sistema que conecta emissores, clientes, maquininhas e estabelecimentos comerciais. No Pix, é o BC quem exerce esse papel.
“Por meio da aquisição da Pismo, a Visa pode servir melhor nossos clientes instituições financeiras e fintechs com soluções bancárias e de emissão diferenciadas que eles podem oferecer aos seus clientes finais”, diz em nota Jack Forestell, líder global de Produtos e Estratégia da Visa.
Também em nota, o fundador e CEO da Pismo, Ricardo Josua, afirma que a Visa ajudará a alavancar o negócio. “A Visa nos fornece apoio incomparável para expandir nossa presença globalmente e ajuda para moldar uma nova era de pagamentos e serviços bancários”, diz.
De acordo com a Visa, a equipe de gestão da Pismo será mantida. A compra está sujeita a aprovações regulatórias e deve ser concluída até o final deste ano.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.