'No fundo, não gostaria de fazer a reforma, mas seria irresponsável', diz Bolsonaro

O presidente afirmou que propôs mudanças no sistema previdenciário para que o País não 'quebre'

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Daniel  Weterman

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em transmissão ao vivo nas redes sociais feita a partir de Santiago, no Chile, que não gostaria de ter apresentado uma proposta de reforma da Previdência. Ele declarou, porém, que propôs mudanças porque, se não tivesse feito, o Brasil iria "quebrar" sob o ponto de vista das contas públicas.

"No fundo, não gostaria de fazer a reforma da Previdência. Mas eu estaria sendo irresponsável com o Brasil nos próximos anos", disse o presidente.

Jair Bolsonaro em Santiago, no Chile. Foto: Esteban Garay/Reuters

PUBLICIDADE

Ao defender a reforma da Previdência, Bolsonaro voltou a dizer que a reforma "vai cobrar menos de quem ganha menos e mais de quem ganha mais" e que o Brasil "está quebrado".

O presidente comentou ainda que as mudanças propostas ontem no projeto de lei sobre os militares "leva em conta perdas lá atrás". "Ninguém está brigando por direitos", declarou Bolsonaro.

Publicidade

Ao comentar o papel das forças armadas, Bolsonaro disse que elas são "algo muito especial" e que têm valor "muito grande à democracia". Mais uma vez, o presidente usou o exemplo da Venezuela para dizer que o regime de Nicolás Maduro se sustenta por causa do apoio militar.

No fim da transmissão, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, fez um "apelo patriótico aos parlamentares e àquela parte da imprensa que criticou o toma-lá-dá-cá" que defendam a necessidade da reforma da Previdência.

Nesta sexta-feira, 22, Bolsonaro se junta a outros seis presidentes sul-americanos para uma cúpula de integração da região. A proposta é oficializar a criação de um bloco em substituição à Unasul (União de Nações Sul-Americanas). A expectativa do presidente brasileiro é, durante o encontro, "selar o fim da Unasul", conforme declarou ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Santiago.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.