BRASÍLIA – Nove montadoras de carros e dez montadoras de ônibus e caminhões aderiram ao programa do governo de incentivos ao setor automotivo, de acordo com o primeiro balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Do total de R$ 1,5 bilhão disponibilizado em créditos tributários que devem ser revertidos em descontos para a aquisição dos veículos, o setor já solicitou R$ 340 milhões.
A divulgação ocorre em meio ao evento realizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), em Brasília, que, durante todo o dia, vai debater o processo de eletrificação no Brasil, com a presença de membros do Mdic e do vice-presidente Geraldo Alckmin, além de outras autoridades e presidentes de montadoras.
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Entre as fabricantes de carros de passeio, aderiram ao programa Renault, Volks, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, GM, Fiat e Peugeot. De acordo com a Pasta, essas montadoras oferecem 233 versões de 31 modelos de veículos para compra com desconto.
Pela medição feita pelo Mdic, só 2 modelos, o Fiat Mobi, em suas três versões, e o Renault Kwid terão o desconto máximo de R$ 8 mil em incentivos fiscais. Os dois compactos são os únicos da lista dos chamados carros de entrada, os mais baratos do mercado.
Cada montadora teve direito a R$ 10 milhões em créditos já na adesão ao programa, e seis delas - Volks, Hyundai, GM, Fiat, Peugeot e Renault – já pediram outros R$ 10 milhões. Com isso, o governo já liberou R$ 150 milhões em crédito dos R$ 500 milhões previstos para automóveis, o que representa 30% do teto dos recursos que poderão ser usados pelas empresas como crédito tributário para venda de carros mais baratos..
“A lista é dinâmica, ou seja, as montadoras podem a qualquer momento incluir outros modelos, desde que comuniquem o MDIC. Na medida em que usarem os montantes solicitados, as montadoras podem pedir créditos adicionais. Essa possibilidade se esgota quando o teto de R$ 500 milhões for atingido”, destacou o ministério.
Os descontos patrocinados pelo governo para os carros vão de R$ 2 mil a R$ 8 mil, podendo alcançar valores maiores com descontos extras concedidos por fábricas e concessionárias. A definição das faixas de desconto leva em conta três critérios: menor preço, eficiência energética e conteúdo nacional. Quanto maior a pontuação nesses critérios, maior o desconto.
No caso dos caminhões a adesão foi de dez montadoras: Volkswagen Truck, Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Peugeot Citroen, Volvo, Ford, Iveco, Mercedes-Benz Cars & Vans e Daf Caminhões. Os créditos liberados somam R$ 100 milhões, ou 14% dos R$ 700 milhões destinados aos veículos de carga.
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Para ônibus, são nove fabricantes habilitados: Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Mercedes-Benz Cars & Vans, Comil, Ciferal, Marcopolo, Volare e Iveco. Os R$ 90 milhões em créditos liberados correspondem a 30% dos R$ 300 milhões disponíveis para os veículos de transporte de passageiros.
“O programa é um sucesso absoluto, atingimos mais da metade do mercado e em apenas uma semana já houve mais de R$ 100 milhões em créditos para automóveis. Vai terminar bem antes de um mês”, disse Marcio Elias Rosa, secretário-executivo do MDIC.
Ele disse que ampliar o benefício depende do espaço fiscal disponível no Orçamento, mas não descarta que recursos que eventualmente não tenham sido usados na compra de ônibus e caminhões possam ser redirecionados para automóveis.
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