Nubank começa a oferecer crédito consignado para servidores públicos federais

Testes devem começar ainda primeiro semestre deste ano; taxas vão variar segundo perfil do cliente, segundo o banco

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Foto do author Matheus Piovesana

O Nubank entra nesta semana no crédito consignado, modalidade de menor risco para a instituição financeira e que é parte da estratégia de negócio da fintech neste ano. As primeiras operações serão em sistema de testes, e para servidores públicos federais. A contratação é feita pelo aplicativo do neobanco.

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Os empréstimos poderão ser contratos sem a necessidade de intermediários, e o custo efetivo total e as taxas serão mostrados durante a simulação. Segundo o Nubank, as taxas variam segundo o perfil do cliente e os resultados do período de testes da modalidade.

“Ao mesmo tempo em que o empréstimo consignado é uma forma segura e mais vantajosa de acesso a crédito pela população, ele é marcado historicamente por uma jornada de dificuldades, com processos burocráticos, tarifas escondidas e diversos casos de práticas abusivas por parte de intermediários”, diz em nota Lívia Chanes, líder das operações do Nubank no Brasil.

Os testes devem acontecer ao longo do primeiro semestre, e depois disso, a disponibilidade do produto será ampliada entre o público de servidores públicos federais.

Até aqui, o Nubank tinha como principais linhas de crédito o cartão e também o crédito pessoal, sem garantias. O consignado é um dos passos da fintech para continuar a expansão da carteira de crédito com um perfil de risco mais cauteloso.

Testes do Nubank com consignados devem acontecer ao longo do primeiro semestre Foto: Paulo Whitaker/Reuters

“A nossa visão para o NuConsignado combina a segurança e simplicidade oferecidas ao cliente com o crescimento do Nubank em seus quase dez anos desde o início das operações. Vamos ampliar a oferta de crédito de modo sustentável para o nosso negócio e estreitar ainda mais as relações com uma parcela significativa da nossa base”, afirma Chanes.

Suspensão de crédito

Em 16 de março, bancos como Itaú Unibanco, Mercantil do Brasil, Banco Pan, Daycoval, Agibank, Banco do Brasil e Caixa decidiram suspender temporariamente empréstimos consignados para aposentados depois que o Conselho Nacional de Previdência Social reduziu o limite máximo de juros que podem ser cobrados nesse tipo de empréstimo.

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Antes da mudança, os bancos podiam cobrar até 2,14% de juros ao mês, mas agora só podem cobrar até 1,70%. Além disso, o limite de juros para empréstimos com cartão consignado também foi reduzido, de 3,06% para 2,62%. Segundo a Febraban, os novos limites de juros não são suficientes para cobrir todos os custos envolvidos.

Após a reação dos bancos, o governo Lula deve voltar a subir os juros. Em reunião na segunda-feira, 20, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Lupi (Previdência) e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, discutiram uma fórmula para solucionar a questão. Eles concordaram quanto à necessidade de o governo adotar um “meio-termo”, que oscilaria entre 1,8% e 2% de juro, mas não houve acordo sobre o patamar e tampouco quando a medida entraria em vigor.

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