O diretor geral do ONS, Hermes Chipp, afirmou que o órgão não tem muito mais margem de manobra para garantir o abastecimento de energia em caso de escassez de chuvas. "É um desafio mesmo, porque não tem margem. Só uma medida ou outra. O grande vilão agora é a chuva", disse.
Chipp diz que é preciso aguardar o mês de fevereiro, um dos mais chuvosos tradicionalmente, para saber como ficará o nível dos reservatórios e tomar alguma nova medida. Embora não use a palavra racionamento, ele admitiu que a demora para agir pode levar a cortes mais drásticos.
"Quanto mais você espera, aumenta o corte. Se você tomar antes diminui o corte, mas corre o risco de chover. É muito difícil esse "trade off" (escolha)", disse.
A previsão de chuvas para a região Sudeste no mês de fevereiro é de 52% da média de longo termo (MLT), de acordo com resultado preliminar da energia natural afluente (ENA), elaborado pelo ONS.
Para a região Nordeste, a previsão é de 18% da média e para o Norte de 76%. A região Sul tem uma afluência prevista de 126% do MLT para o próximo mês.
O resultado preliminar do ONS também revela que no acumulado de janeiro o resultado da energia natural afluente ficou em 39% da média de longo prazo no Sudeste, 26% no Nordeste, 61% no Norte e em 207% no Sul.
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