BRASÍLIA - O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta sexta-feira, 22, que vai tentar um encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. A declaração foi dada a líderes governistas na Câmara dos Deputados e, segundo Onyx, a ideia é que a reunião ocorra já na segunda-feira da semana que vem, assim que o presidente voltar da agenda no Chile.
Onyx se reuniu com deputados, entre eles o presidente da CCJ, Felipe Franceschini, e o delegado Waldir, ambos do PSL, em um almoço no hotel Brasília Palace, em Brasília. Onyx teria dito que o encontro é o sinal necessário para mudar a relação do Congresso.
Nesta sexta-feira, no Chile, Bolsonaro afirmou que está aberto para conversar e que não deu motivo para o parlamentar do Rio de Janeiro tomar essa atitude.
"Quero saber o motivo pelo qual ele está saindo", disse Bolsonaro após deixar o Palácio de La Moneda, sede do governo chileno. "Estou sempre aberto ao diálogo. Estou fora do Brasil. Quero saber o motivo, só isso e mais nada. Eu não dei motivo para ele sair [da articulação]", declarou.
Além disso, o presidente disse que a declaração do filho Carlos Bolsonaro, com críticas a Maia por adiar a tramitação do projeto anticrime, não é motivo para Maia ameaçar sair da articulação política.
"Será que esse foi o motivo? Se foi esse o motivo, eu lamento, mas isso não é motivo." O presidente afirmou saber que 'todo o Brasil está indignado' com a demora na votação do projeto de lei anticrime.
Bolsonaro disse ainda que é "só conversando" que será possível trazer Maia de volta ao papel. "Você nunca teve uma namorada e, quando ela quis ir embora, o que você fez? Não pediu para ela voltar? Você não conversou?", perguntou a um jornalista.
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