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Open Finance chega aos investimentos com promessa de maior rentabilidade; entenda

Clientes já podem compartilhar dados das aplicações em fundos e em produtos de renda fixa e variável; expectativa é de que competição leve a retornos maiores

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Foto do author Bianca Lima
Foto do author Adriana Fernandes
Atualização:

BRASÍLIA - Na vida prática, do dia a dia do cliente, o Open Finance já vai além da “simples” troca de informações bancárias entre as instituições. O sistema de compartilhamento de dados, capitaneado pelo Banco Central (BC), chegou aos investimentos e terá novas etapas em 2024.

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Desde outubro, os correntistas podem compartilhar dados das aplicações em fundos e em produtos de renda fixa e variável. Se, no caso do crédito, essa troca pode significar juros menores, no caso dos investimentos a expectativa é por retornos maiores, como explica o diretor de regulação do BC, Otávio Damaso.

“O banco vê que você fez um investimento em CDB (Certificado de Depósito Bancário) recebendo 95% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário, referência para quem aplica em renda fixa) e fala: traz esse dinheiro para cá que eu te dou 100% do CDI”, exemplifica.

Diretor de regulação do Banco Central, Otávio Damaso. Foto: Wilton Junior

A partir do ano que vem, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) prevê que o Open Finance chegará aos dados de câmbio, seguro, previdência, capitalização e credenciamento - ou seja, abrir as informações das maquininhas de cartões, que hoje estão em um fogo cruzado com as instituições financeiras em torno do juro cobrado no rotativo.

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Isso porque as maquininhas lucram com a antecipação de recebíveis - que ocorre quando o lojista vende a prazo no cartão de crédito, mas decide antecipar o valor que só receberia do banco depois de 30 dias. Uma cadeia com pouca competição, na qual o BC também começou a atuar por meio de uma central de recebíveis.

Foco nos lojistas

Como diz o nome, a plataforma centraliza todos os valores aos quais o comerciante tem direito e abre espaço para a competição. “É como se falasse o seguinte: lojista, esses recebíveis são seus, você não é mais obrigado a descontar só com aquele banco, que é o emissor, ou só com aquela registradora. Você pode negociá-lo com o mercado inteiro”, explica Damaso.

A partir dessa central, o sistema financeiro deu mais um passo e permitiu ao comerciante dar o recebível como garantia ao fornecedor, sem precisar descontá-lo e receber menos por isso.

Damaso frisa que essas operações já são realidade no dia a dia, mas ainda têm espaço para serem ampliadas. “Um pilar fundamental da agenda do BC é a educação. Porque essas coisas só funcionam se o público souber usar”, afirma.

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