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Open Finance entra em mais uma fase com novos desafios

Além de agregar operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência complementar aberta, outra novidade será o aprimoramento da iniciação de pagamentos

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Por Febraban
Atualização:
4 min de leitura

Depois do sucesso das três primeiras fases, o Open Finance entra agora na fase 4 com novos desafios e mais possibilidades para clientes e instituições. Essa nova etapa prevê, por exemplo, a inclusão de novos dados que poderão ser compartilhados e acesso a dados abertos de novos produtos e serviços, como operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência complementar aberta, fazendo com que o escopo do projeto no Brasil se torne mais amplo do que nos casos internacionais, conforme explica Carolina Sansão, diretora adjunta de Inovação e Tecnologia da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Para Ivo Mósca, da Febraban, a iniciação de pagamentos começa a se expandir agora com o surgimento de novos serviços e soluções para e-commerce Foto: Divulgação

Atualmente, o Open Finance está sendo utilizado no mercado, com as instituições participantes já oferecendo soluções a partir dos dados compartilhados pelos clientes. A expectativa é de que, com a evolução do ecossistema, novos casos de uso surjam, trazendo ainda mais benefícios ao consumidor.

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Em levantamento recente feito pela Febraban com os bancos associados participantes do projeto, foram mapeados mais de 45 produtos e serviços já oferecidos aos clientes, entre eles, agregadores financeiros, iniciação de pagamentos, soluções para ofertar melhores propostas de crédito, e serviços voltados para cashbacks e tarifas.

Foram feitos mais de 22 milhões de consentimentos de clientes para o compartilhamento de dados e iniciação de pagamento entre as instituições e mais de 10 bilhões de trocas de informações entre participantes desse mercado.

Pedro Miranda, gerente de Serviços Financeiros e líder de Open Finance na Oliver Wyman, considera que o Open Finance fará uma evolução na gestão financeira. “O mundo está caminhando para decisões orientadas a dados. O Open Finance, semelhante ao que observamos em outras soluções cotidianas, como o Netflix, permitirá que mais soluções sejam desenvolvidas para apoiar o cliente na sua tomada de decisão”, diz, ao lembrar que, diferentemente dos controles financeiros usuais, que são feitos com base em histórico financeiro, “com o Open Finance vai ser possível olhar para frente, o que ajudará muito na tomada de decisão mais assertiva por parte do cliente”.

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Uma das novidades que devem mexer com o sistema financeiro é o aprimoramento da iniciação de pagamentos, que promete revolucionar a gestão financeira. Ela permite que o cliente aprove a compra de um produto ou serviço ou uma transferência, sem que precise acessar o aplicativo do banco. “A iniciação de pagamentos começa a se expandir agora com o surgimento de novos serviços e soluções para e-commerce. Hoje já existem 17 instituições homologadas e que podem oferecer o serviço de iniciação”, destaca Ivo Mósca, conselheiro da Febraban na governança do Open Finance e executivo do Itaú.

Investimentos

Além disso, a fase 4 também ajudará na gestão dos investimentos, dando ao cliente mais transparência e oportunidades. “O compartilhamento de dados de investimento permitirá não apenas que o cliente tenha uma visão mais ampla dos serviços e tarifas disponíveis no mercado, como também as instituições oferecerem produtos mais assertivos e que atendam melhor à necessidade do cliente de acordo com o seu perfil, permitindo também que eles visualizem e tenham maior controle de seus investimentos em um só ambiente”, diz Carolina Sansão.

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“Outra instituição vai entender se a remuneração e o mix de investimento estão fazendo sentido para sua necessidade. Hoje, instituições já fazem análise de perfil dos seus clientes e agora poderão analisar seus investimentos em outras instituições para dizer o que faz ou não sentido”, complementa Mósca.

O escopo do Open Finance no Brasil deve se tornar amplo do que nos casos internacionais, afirma Carolina Sansão, da Febraban Foto: Divulgação

Educação Financeira

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A educação financeira é fundamental para que o consumidor tome as melhores decisões sobre suas finanças, lidando com o seu dinheiro de forma mais consciente e inteligente e conhecendo melhor os seus gastos. Por meio do compartilhamento de dados, os consumidores terão maior visibilidade e poderão gerir melhor as suas finanças, além de receberem ofertas de produtos ainda mais alinhadas ao seu perfil e necessidade.

“Na hora que brasileiro tiver confiança que vai poder transferir, cotar seguro, que terá taxa menor surfando dentro do Open Finance e entendimento do que pode gerar de benefício para sua conta, empresa e família, será um processo de transformação”, considera Ricardo Gelbaum, conselheiro da Associação Brasileira de Bancos (ABBC) na governança do Open Finance e diretor no banco Daycoval.

Para ele, no entanto, todos os agentes do sistema financeiro terão de participar. “Ao dar mais informação tem que ter mais responsabilidade sobre a utilização de dados do usuário. E isso gera governança mútua da responsabilidade do sistema financeiro como um todo”, finaliza Gelbaum.

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“Com o Open Finance vai ser possível olhar para frente, o que ajudará muito na tomada de decisão mais assertiva por parte do cliente”, diz Pedro Miranda, da consultoria na Oliver Wyman“Com o Open Finance vai ser possível olhar para frente, o que ajudará muito na tomada de decisão mais assertiva por parte do cliente”, diz Pedro Miranda, da consultoria na Oliver Wyman Foto: Divulgação
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