Os caminhos do primeiro investimento

Aplicar com segurança envolve respeitar o perfil e os objetivos das pessoas

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Por Redação
Atualização:
Getty Images 

No fim do ano passado, o estudante Jorge Barbosa, 24 anos, conseguiu poupar dinheiro para formar uma reserva de emergência e sentiu a necessidade de buscar opções para ter algum tipo de rentabilidade. Sem muito conhecimento sobre investimentos, ele acabou optando pela caderneta de poupança. “Eu decidi que deixaria na poupança, pois, apesar de conhecer algumas alternativas de renda fixa, eu tinha muitas dúvidas se valeria a pena”, afirma.

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Por não ter uma situação estável e em um contexto de pandemia, ele tinha receio de precisar resgatar o dinheiro a qualquer momento. Decidiu, então, não investir. “Conheço muito pouco sobre como os fundos de investimento funcionam e também tenho dúvidas sobre quais são os procedimentos que preciso fazer para investir em uma opção mais rentável.” Sem esse controle, ele acabou usando a reserva para pagar contas e fazer compras com o cartão.

Para quem, assim como Jorge, tem dúvidas sobre como e quando começar a investir, Eduardo Forestieri, superintendente dos escritórios de investimentos do Itaú, diz que o melhor momento é agora. “Se você nunca investiu, invista. É preciso começar a fazer para que isso se torne um hábito, pois dinheiro é fácil de gastar.” No entanto, ele explica que apenas guardar uns trocados não é investir. “Você só está deixando de consumir agora para consumir lá na frente.”

Então como começar, de fato, a investir? “Tecnicamente, a primeira coisa, além de separar a grana, é observar alguns parâmetros de investimento, risco e retorno. Então tem que começar sabendo: Por quanto tempo eu não vou precisar daquele dinheiro? Qual a minha tolerância ao risco? Quanto eu aceito perder do meu capital para ter um retorno maior?”

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Segundo ele, é importante pensar no retorno como um objetivo, ou seja, o que deseja fazer com o rendimento no futuro. Respondendo às perguntas acima, é hora de começar a traçar o seu perfil de investidor.

Para descobrir isso, depois de procurar um banco ou um assessor de investimentos, você vai responder a um questionário e mapear quais são os seus pilares mais importantes, como segurança, liquidez ou rentabilidade. “Você vai dizer o quanto aceita perder para ter o melhor retorno. Essa classificação pode te jogar em um perfil que pode ser conservador, moderado, arrojado ou agressivo”, explica.

Depois de descobrir o seu perfil, você terá uma recomendação-padrão de investimentos e o próximo passo é sentar com um especialista e analisar quais opções fazem mais sentido para os seus objetivos. Em paralelo, outra dica importante é ter uma reserva para emergências. “Sempre recomendamos para quem está começando a investir formar uma reserva inicial, que vai ajudar em qualquer eventualidade. O ideal é ter um valor que você consiga se manter por um tempo caso deixe de ter entrada de dinheiro — algo em torno de três a seis meses do seu salário.”

Agora, para saber o quanto você precisará investir, é importante analisar o que pretende alcançar com esse rendimento. Seja para comprar um carro, casar ou estudar em outro país, você vai montar uma carteira de investimentos que te dê um retorno financeiro para realizar o que planejou dentro do tempo esperado. Em relação aos valores necessários para começar, já existem opções que permitem iniciar um investimento com quantias bem baixas.

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Uma dessas opções é a Carteira Itaú de Investimentos, que é um fundo multimercado que agrupa ativos de renda fixa e ações brasileiras com investimentos internacionais. Ele tem um grau de risco entre médio e alto, porém apresenta flexibilidade no valor de entrada na aplicação. O produto permite investimentos iniciais de R$ 1 e resgates em até 11 dias úteis. Portanto, segundo o especialista, é uma alternativa que pode estar na carteira de todos os tipos de investidores, respeitando apenas a proporção de cada perfil.

Rendimento e riscos

Alguns mitos ainda cercam o investimento, principalmente promessas de enriquecimento em curto prazo. Segundo Eduardo, em um cenário com taxa de juros a 5,25%, qualquer retorno muito maior do que isso em um período de um ano já vem com riscos acima do normal. O ideal é começar um planejamento de longo prazo e buscar carteiras de investimento que podem trazer esse retorno. Dessa forma, é possível fazer projeções e ver a possível rentabilidade.

“Se você quiser acreditar que vai ficar milionário de um dia para o outro, é preciso salientar que a possibilidade de isso acontecer é muito baixa, porque não vemos isso a não ser que o risco seja gigantesco. Para quem está iniciando, o investimento é um investimento. Não há milagres de curto prazo e investimento não deve ser considerado uma loteria”, diz.

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Com metas realistas, é possível obter retornos significativos, mas não é legal olhar o investimento como um jogo de azar e é sempre importante buscar ajuda profissional.

Quanto aos riscos, é preciso retornar para a importância de respeitar os perfis de investidor. Se a pessoa começou com investimentos mais conservadores e, depois de estudar mais sobre o mercado financeiro, decidiu abrir mão de um pouco de segurança para ter maior rentabilidade, é importante saber que mudança de rota pode ser feita de forma gradativa.

“Quando você sai de um perfil conservador para o moderado, você faz uma diversificação de produtos e aplica um pouco em renda fixa, um pouco em inflação, um pouco em ações ou, eventualmente, compra um fundo.” Com isso, já dá para ter um pouco mais de retorno em um médio prazo, se comparado ao que você teria se ficasse no perfil conservador.

“Quanto mais agressivo, maiores são as oscilações. Portanto, é importante você olhar todo o tipo de risco e fazer um paralelo entre as opções.”

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No entanto, o especialista do Itaú explica que os riscos são inerentes a qualquer atividade. “O risco, eventualmente, pode ser o de ter menos dinheiro ou o de não ter acesso a ele. Eu posso precisar do dinheiro e o meu título só vence daqui a três anos, por exemplo. Também existem riscos operacionais, como um site ficar fora do ar — o que dificilmente acontece em um banco de 90 anos como o Itaú. Mas é importante pontuar que existem alguns riscos variados inerentes a todos os negócios”, explica Forestieri.

Agora, com a tecnologia, começar a investir ficou ainda mais fácil. Também dá para acompanhar todos os seus investimentos por meio de um aplicativo de celular: o íon Itaú.

Nele, é possível ter acesso a uma consultoria especializada, comparar índices de mercado, além de notícias e novidades do mercado financeiro. “Vamos trazer informações como as que você tem hoje nas redes sociais e de forma personalizada.”

Para o desenvolvimento do app, o banco ouviu os clientes. O sistema é integrado à conta-corrente, possibilitando a realização de transações 24 horas por dia. A plataforma também ficará disponível para não clientes do banco. São mais de 500 produtos do próprio Itaú e mais mil opções de investimento de outras gestoras do mercado. São muitas possibilidades para cada tipo de perfil.

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