Otto Alencar diz que rombo da Americanas deve ser levado para análise em comissão do Senado

Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador afirma que pretende convidar representantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para serem ouvidos

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Foto do author Sofia  Aguiar
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que deve levar à comissão o rombo detectado na Americanas. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o senador disse que pretende convidar representantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da empresa para serem ouvidos.

“Teve praticamente essa falência decretada, um rombo muito grande, isso interessa saber como aconteceu, com os olhos complacentes dos órgãos que são responsáveis pelo acompanhamento dessas empresas que analisam”, declarou Otto à reportagem. Como pontua o parlamentar, o assunto “chama a atenção de todo o Brasil”. “Não é uma coisa tão simples assim, centenas de milhares de pessoas desempregadas.”

Sede do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, em Brasília. Foto: Adriano Machado/Reuters Foto: Adriano Machado/Reuters

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“A CAE tem toda a legitimidade de chamar para uma denúncia pública, chamar talvez o presidente do Cade para avaliar essas coisas”, comentou.

O senador deixa a presidência da CAE com o início da nova legislatura, em 1º de fevereiro. Mesmo não ocupando mais o lugar, ele declarou que “certamente” irá participar do colegiado. De acordo com o parlamentar, o requerimento para a convocação precisa ser aprovado convocando diretores da Americanas e do Cade.

Na avaliação do senador, “esse pessoal está sempre se auto elogiando de gestão, de resultados e de repente acontece uma coisa dessas”. Quero saber se, se investiga órgão público, pode-se investigar órgão privado”, comentou.

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Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, a companhia detectou rombo orçamentário de R$ 20 bilhões. As inconsistências foram detectadas em dados contábeis de anos anteriores, incluindo o de 2022. Porém, os valores não constam nas demonstrações financeiras dos fornecedores na data de 30 de setembro do ano passado.

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