Renegociação com Estados: Pacheco está ajudando para que aprovação seja antes do recesso, diz Haddad

Em reunião no Planalto com o presidente e governadores, ministro da Fazenda diz que a proposta tem de seguir ‘uma série de princípios’ para não haver ‘impacto nas contas primárias da União’

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BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou nesta manhã de quarta-feira, 3, a expectativa de que o projeto para renegociação das dívidas dos Estados possa ser aprovado antes do recesso parlamentar. O ministro não especificou se espera o aval à proposta tanto na Câmara quanto no Senado, mas lembrou que as negociações estão sendo feitas com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é quem deve apresentar o texto na Casa.

Haddad falou sobre o assunto em reunião do Conselho da Federação, que ocorre no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e governadores.

Fernando Haddad destacou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, participa das negociações e deve apresentar o texto na Casa Foto: Pedro França/Agência Senado

O chefe da equipe econômica ressalvou que detalhes sobre o projeto ainda precisam ser equacionados, e que por isso não faria nenhum anúncio no encontro. Em sua fala, Haddad destacou que as conversas sobre a renegociação das dívidas foram baseadas numa resolução com quatro premissas:

  • A primeira e a segunda seriam a busca pela equidade com a concessão de benefícios para todas as unidades da Federação, com concessão de descontos sobre os juros da dívida — hoje corrigida pelo IPCA + 4% de juros.
  • Já a terceira seria a criação de um fundo de equalização temporário composto por parte dos recursos economizados a partir desses descontos, e distribuídos a partir de parâmetros para redução de desigualdades.
  • Por fim, estaria a premissa da concessão dos descontos e de acesso aos recursos a partir de contrapartidas assumidas pelos Estados.

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“Avançamos para além disso, já estamos negociando os detalhes como isso deveria acontecer. Mas não queremos anunciar aqui porque ainda há pendências que as negociações vão superar”, disse Haddad, citando o papel de Pacheco na ajuda para “equacionar” essas pendências. “Para que o projeto de lei complementar de repactuação possa ser apresentado e aprovado ainda antes do recesso de julho. Nosso interesse é que essa questão seja resolvida”, afirmou Haddad.

“Elaboramos uma série de princípios que deveríamos atentar para que o cobertor que cobrisse um não descobrisse o outro, para que não tivesse impacto nas contas primárias da União, e isso nos conduziu a princípios em torno da questão dos juros, uma vez que a receita cresce de acordo com a inflação mas não suficiente para arcar com os 4% de juros”, relembrou o ministro.

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