O BV (antigo Banco Votorantim) pode ir parar, em breve, nas mãos da PagSeguro, fintech de pagamentos liderada pelo empresário Luiz Frias. A empresa listada na Bolsa de tecnologia Nasdaq está negociando a compra do BV, que tem a Votorantim e o Banco do Brasil (BB) como sócios, por cerca de R$ 16 bilhões, conforme apurou o Estadão/Broadcast.
As partes estão negociando neste momento e, segundo fontes, as conversas, que começaram há pouco mais de um mês, fazem parte de um esforço da Votorantim para sair do negócio – tarefa a que eles já se dedicam há algum tempo. Uma das fontes afirmou que, apesar das conversas, não há garantias de que o negócio possa ser efetivado.
O BB também tem interesse em sair da operação, em estratégia semelhante a que outras estatais estão fazendo, vendendo operações não essenciais. De acordo com as fontes, há ainda pontos a serem resolvidos nas conversas e, por isso, as negociações podem levar mais algum tempo.
O site Brazil Journal, que primeiro noticiou o caso, afirma que a Votorantim será paga em ações do PagSeguro e o BB, em dinheiro, deixando o negócio.
Desde que surgiram os comentários sobre a transação, por volta de 12h desta quinta-feira, 8, as ações do PagSeguro – que é ligado ao UOL, que pertence à família Frias, dona do jornal Folha de S. Paulo – começaram a cair na Nasdaq. Por volta de 14h30, os papéis da empresa cediam mais de 18%. O valor de mercado da companhia, no mesmo horário, era de US$ 15,8 bilhões.
Procurados, BV, BB e Votorantim não responderam. A PagSeguro soltou comunicado afirmando que sempre avalia oportunidades de investimento no mercado, mas "a companhia não pretende" comprar o banco BV e não há "acordos assinados" para este fim.
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