Para BCs, protecionismo é risco econômico em 2007

Mesmo assim, segundo bancos de todo o mundo, cenário internacional é positivo

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Por Agencia Estado
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A decisão de nacionalizar setores da economia ou de fechar fronteiras para investimentos, como anunciado na Venezuela, é um dos riscos que a economia mundial deverá enfrentar em 2007. Nesta semana, na Basiléia, um encontro entre os principais bancos centrais do mundo concluiu que o cenário internacional é positivo, mas alertou que o risco vem de países que adotam tais posturas "protecionistas" em relação aos investimentos. O presidente do Banco Central Europeu, Jean Claude Trichet, chegou a mencionar o risco durante uma conferência de imprensa na segunda-feira, mas não citou países. A tentação de adotar medidas que dificultam os investimentos, porém, foi considerada na reunião como algo que "está no cenário" para este ano. Para os banqueiros, a economia mundial pode crescer cerca de 4,9% neste ano. Na avaliação dos representantes de BCs de todo o mundo, se riscos como o de protecionismo no setor de investimentos ou mesmo de comércio se intensificarem, os impactos para o desempenho das economias podem ser "extremamente graves". O Brasil foi representado pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, e a reunião ainda contou com o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Rato. Para Rafael Pampillon, diretor de análise do Instituto de Empresas em Madri, há uma percepção cada vez maior entre os investidores no exterior que a América Latina vem se dividindo em duas. "De um lado, estão países como Brasil, México e Colômbia, que estão abertos aos investimentos estrangeiros e sabem que precisam de recursos. Esses países querem uma relação positiva com os Estados Unidos e outros países ricos. De outro lado, estão países como Venezuela e Bolívia que acirraram suas relação com os países mais ricos", afirmou.

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