BRASÍLIA - O Fórum Econômico Mundial, em parceria com a consultoria Accenture, realizou um levantamento global para analisar o impacto dos investimentos em novas tecnologias de geração de energia.
No Brasil, a estimativa é de que, nos próximos cinco anos, os investimentos da indústria de energia solar e eólica podem gerar mais de 1,2 milhão de novos empregos, além de reduzir em 28 toneladas a emissão de gases de efeito estufa. Os dados foram apurados com 25 empresas de serviços públicos globais e empresas de tecnologia voltada ao setor elétrico.
A energia eólica acaba de atingir a marca de 18 GW de capacidade instalada, em 695 parques eólicos e mais de 8.300 aerogeradores. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 18, pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), instituição que reúne cerca de cem empresas da indústria eólica, incluindo fábricas de aerogeradores, de pás eólicas, operadoras de parques eólicos, investidores e diversos fornecedores da cadeia produtiva.
Atualmente, 28,8 milhões de residências por mês já podem ser abastecidas com a energia dos ventos. O Brasil está em 7.º lugar no ranking mundial de capacidade instalada de energia eólica. Em 2012, era o 15.º colocado. A eólica é a segunda fonte de geração de energia elétrica no Brasil e, em dias de recorde, já chegou a atender até 17% do País durante todo o dia.
Já a geração solar (fotovoltaica) está distribuída, atualmente, em 4.440 plantas, respondendo por 8% da potência total do País, se considerados todos os projetos em operação, em construção e planejados, segundo a Aneel.
Em muitos parques eólicos, a geração solar passou a ser um complemento importante na entrega de energia, com a instalação de painéis abaixo dos cataventos. Dessa forma, o aproveitamento da área é total, principalmente na Região Nordeste do País, que tem forte incidência de sol, com vento mais forte no período noturno.
O estudo mostra que, nos próximos anos, o Brasil será marcado pela expansão de energias renováveis não hidrelétricas e modernização do sistema de transmissão por meio de redes e medidores “inteligentes”, entre outras tecnologias.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.