Petrobras irá absorver oscilações sem repassar preços imediatamente ao consumidor, diz Prates

Segundo presidente da estatal, companhia continuará a utilizar os preços internacionais como referência, mas terá maior flexibilidade para negociar valores que considere mais competitivos para os combustíveis

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Por Jorge Barbosa

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, deu mais detalhes sobre a nova estratégia de política de preços da estatal na tarde desta quarta-feira, 17. Segundo ele, os preços praticados vão estar dentro de um intervalo entre dois limitadores: o custo para o cliente e a vantagem econômica para a companhia.

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Prates disse que a nova estratégia de preços vai permitir que a estatal consiga reter parte da volatilidade do mercado, sem que os valores sejam repassados aos consumidores de forma imediata. Ele reforçou que a companhia continuará a utilizar os preços internacionais como referência, mas haverá maior flexibilidade para a companhia negociar valores que considere mais competitivos para os combustíveis.

“Os importadores e as refinarias privadas serão obrigadas a concorrer com um player brasileiro, que possui refinarias no País e sabem utilizar a logística de forma cooperativa, e não de forma competitiva e predatória entre si. A Petrobras tem a melhor estrutura e foi construída com foco em oferecer a melhor alternativa para o cliente final. Essa é a nova política, a melhor alternativa para o cliente”, afirmou Prates em entrevista para a Globo News.

Petrobras anunciou mudança na política de preços na terça-feira Foto: Sergio Moraes/Reuters

Referência internacional

Prates afirmou que, nas situações em que os preços do mercado internacional se consolidarem mais altos, a estatal vai repassar os valores. Ele mencionou ainda que a nova estratégia é transparente a despeito de críticas de setores do mercado que se queixaram de critérios pouco claros adotados pela companhia.

“A diferença com esse novo modelo é que será permitido, em caso de uma oscilação de dois dias, que a Petrobras possa absorver mudanças tanto se os preços forem para cima, quanto para baixo. Para a economia brasileira e o cidadão brasileiro, haverá uma não volatilidade, diferente do que tivemos no ano inaugural da paridade de preços de importação”, disse.

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