RIO - A Petrobras vai participar dos leilões de petróleo do governo brasileiro, mas pretende também adquirir blocos fora do País, como na Namíbia, Venezuela, Margem Equatorial colombiana, além de manter a convicção de que vai conseguir explorar a margem também na bacia da Foz do Amazonas, na parte brasileira, disse nesta quinta-feira, 19, o presidente da estatal, Jean Paul Prates.
“Eu sinceramente não acredito que não vamos conseguir a licença da Margem Equatorial”, disse em live da agência epbr, referindo-se à bacia da Foz do Amazonas, considerada mais complexa do que bacia Potiguar, também na margem, que já recebeu licença para perfurar um poço (Pitu Oeste).
Prates explicou que o interesse na Venezuela e Namíbia se justifica pelo fato de os melhores resultados da Petrobras terem sido encontrados no Oceano Atlântico, como o pré-sal. “Se o Atlântico é onde temos o melhor resultado, por que não Namíbia?”, destacou.
O executivo afirmou que a prioridade da estatal é o portfólio nacional, mas que a experiência internacional é importante e iria se perder, depois que o governo anterior vendeu ativos da companhia fora do Brasil. A ideia agora é fortalecer a companhia e garantir reservas.
“A reposição de reservas é uma preocupação constante, o ganho é esse”, disse, reafirmando ser possível explorar a Margem Equatorial na parte colombiana, que, segundo especialistas, teria reservatórios parecidos com a parte da margem brasileira.
Já a volta para a exploração de blocos em terra ou campos maduros não está nos planos imediatos da companhia, afirmou Prates, mas poderão ser revisitados com parcerias locais se houver necessidade.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.